Quem somos

Minha foto
JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 15 de abril de 2009

Casal de falsificadores preso em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

A Polícia Federal fez nessa manhã uma coletiva para informar à imprensa que tinha prendido um casal de falsificadores.
O delegado Cláudio Nogueira explicou que os policiais receberam a denúncia de uma mulher que descobriu que o CPF dela estava sendo usado por outra pessoa para conseguir empréstimos e fazer compras.

A investigação foi feita e os policiais federais descobriram que a suspeita de praticar o crime estaria numa financeira de Juiz de Fora para negociar um empréstimo, usando o documento da vítima.
Foi montado um esquema de monitoramento da mulher, que foi abordada ao sair da empresa.
Ela apresentou documento falso, mas depois acabou admitindo a falsificação.
Ela contou ainda que o marido fazia parte do esquema.

Na casa da suspeita, os policiais apreenderam diversos documentos falsos.
Eram cheques com CPFs falsificados, documentos de identidade, cartões de crédito e de lojas e diversos formulários de empréstimos.
Os computadores do casal também foram apreendidos.
Neles, estavam documentações em branco e outras preenchidas.
O apartamento funcionava como uma mini-gráfica de falsificação.

A quantidade de material apreendido chamou a atenção do Schubert, fotógrafo do Jornal JF Hoje.
Ele ficou um bom tempo avaliando cada documento apreendido.
Realmente, a qualidade da falsificação era boa.
Sem falar que os documentos falsos eram usados para retirar outros, como os talões de cheque e cartões de crédito.
A gente chega à triste conclusão de que não há segurança em nada!

A jornalista Ana Carolina Trindade, de 26 anos, foi presa em flagrante e está à disposição da justiça na Penitenciária Arioswaldo Campos Pires.
O marido dela, Washington Luiz da Silva, de 37 anos, está no Ceresp de Juiz de Fora.
Os dois vão responder a processo por falsificação de documentos (pena de 2 a 6 anos de prisão), falsidade ideológica (pena de 1 a 3 anos de prisão) e uso de documentos falsos (pena de 2 a 6 anos de prisão).

Entre o material apreendido, os policiais federais se surpreenderam com documentos públicos, como um contra-cheque da Petrobrás.
Isso indica que o casal trabalhava com uma quadrilha ou tinha contatos em órgãos públicos, para receber as matrizes de documentos para falsificação.
Os dois contaram que agiam na cidade há 6 meses.
A polícia ainda não tem o cálculo do prejuízo que eles deram às vítimas, nem o número de pessoas prejudicadas.

O delegado fez um alerta quanto ao uso da internet.
"Nenhum órgão público ou empresa vai mandar um e-mail para alguém pedindo que envie o número do CPF ou de outros documentos.
Quem receber uma mensagem desse tipo, deve desconfiar e acionar a polícia federal.
É preciso cuidado também nas compras e nas movimentações bancárias feitas pela internet" avisou o delegado.
Outra questão complicada, é a perda de documentos.

Quem perdeu, deve procurar a polícia militar para registrar um boletim de ocorrência.
Esse documento deve ser guardado em local seguro.
Caso alguém aja de má-fé e use os documentos alheios para prática de crimes, a vítima pode usar o boletim para explicar o problema anterior.