Por que nessa época do ano tantas famílias passam por momentos de tristeza e perdem para o trânsito pessoas queridas?
Quatro pessoas morreram quando o Siena em que viajavam foi parar debaixo de um caminhão baú.
Entre elas, uma mulher de 36 anos, o marido de 44 e o filho deles, de 5 anos.
A suspeita da Polícia Rodoviária Federal é de que o motorista, de 42 anos, tenha dormido ao volante ou passado mal.
Depois de uma curva no km 810, ele seguiu reto na contramão e bateu de frente no veículo maior.
O caminhoneiro ainda tentou impedir o acidente, desviou para o acostamento, mas não adiantou.
O Siena ficou apenas com o porta malas para fora.
Alguns detalhes chamaram a atenção da PRF.
Uma delas é que um dos passageiros estava sem o cinto de segurança e a criança estava numa cadeirinha solta no banco traseiro.
Além disso, havia tanta bagagem que as malas e pacotes estavam tanto no porta malas quanto entre os ocupantes do veículo.
Segundo a polícia, isso piorou a situação das vítimas na hora do impacto.
Os objetos foram arremessados em cima de quem estava na frente.
E dificultaram o socorro.
O Inspetor José Márcio Gomes, da PRF, disse que os acidentes com nordestinos são cada vez mais comuns na BR 116.
Entre Além Paraíba e Laranjal, em 24h foram 4 registros de acidentes.
“Eles saem de madrugada, em geral não param para descansar porque a viagem é muito longa.
Muitos não resistem ao esgotamento físico e dormem.
Outros ficam com os reflexos mais lentos” explica o policial.
Tenham trabalhado duro o ano inteiro para juntar dinheiro, comprar um monte de presentes e voltar à terra natal para ajudar quem ficou para trás.
E todos os sonhos foram esmagados debaixo de um caminhão.
O fim de ano também foi triste para o caminhoneiro.
Ele estava tão abalado, que mal conseguia falar direito.
Explicou que fez a curva e viu o carro seguindo pela contramão.
A reação imediata foi desviar para o acostamento na esperança de impedir a batida.
Foi em vão.
A violência do impacto foi tão grande que a cabine acabou empurrada para trás, amassando e rasgando a lateral do baú.
Só podemos torcer para que as famílias das vítimas encontrem forças para guardar as boas lembranças e superar a dor da perda.