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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sexta-feira, 2 de maio de 2008

Câmara Municipal e a poluição visual

Por Robson Rocha

A poluição visual em Juiz de Fora é grande e várias foram as tentativas de diminuir esse problema.
As placas são enormes e muitas vezes não nos deixam ver a beleza da cidade.
Pra gente que trabalha com imagens é complicado.
No jornalismo, temos que evitar a todo custo mostrar placas comerciais.

O que na realidade é propaganda de graça. Pra não mostrar as placas, apelamos para a profundidade de campo para manter as propagandas desfocadas no vídeo para que o telespectador não reconheça a marca que aparece na imagem, mudamos ângulos, etc.

Mas, em alguns casos se torna impossível evitá-las.
Gravar passagens, por exemplo, no calçadão da rua Halfeld é um desafio.
Só explicando: passagem é a hora em que o repórter aparece no vídeo no meio da matéria (no início, chamamos abertura, e no fim, encerramento). São letreiros, placas não só no alto, mas também nas portas das lojas, o pessoal que carrega placas, e até orelhões que não pode aparecer ao lado do repórter.
É difícil escondê-las.

Certa vez, marcaram a gravação com um coral, na porta do prédio antigo da prefeitura de Juiz de Fora, onde hoje funciona a Funalfa, órgão municipal ligado à cultura. Quando a matéria foi ao ar, a Cristiane Armond, que na época era repórter da TV Alterosa, me perguntou porque deixei vazar a marca de um magazine nas imagens.
Vazou porque é um outdoor imenso e toda vez que fazia uma imagem aberta para localizar que eles estavam na esquina mais movimentada de Juiz de Fora o nome aparecia.

O Decreto nº 8.637/2005, de 24-08-2005, dispõe sobre a instalação de engenhos de divulgação de publicidade e toldos em imóveis tombados, que no artigo 22 e 24 diz o seguinte:

Art. 22 - É vedada a instalação de painéis, tabuletas ou outdoors no entorno de imóveis tombados que interfiram, impeçam ou reduzam a sua visibilidade.

Art. 24 - O descumprimento dos arts. 20, 21, 22 e 23 implica ao infrator a penalidade estabelecida no art. 18 do Decreto-lei n.º 25, de 30 de novembro de 1937, e do art.47, da Lei n.º 10.777, de 15 de julho de 2004.

Aí, fico meio sem entender quando passo na Avenida Rio Branco e vejo um outdoor enorme bem na fachada do prédio onde funcionava a Prefeitura de Juiz de Fora e hoje funciona a Funalfa.
O prédio, construído em 1918, projetado pelo arquiteto Rafael Arcuri e tombado pelo Patrimônio Histórico, tem um estilo eclético.
Eclético, mas não combina com aquela coisa laranjada.

O outdoor é uma propaganda de empresas que participam da reforma no prédio da Câmara Municipal, também histórico.
A reforma do prédio da Câmara Municipal é muito bem vinda, mas fica no mínimo estranho, o Poder Legislativo, que faz e deveria fiscalizar as leis, não respeitá-las.
E, ainda mais colocando aquele obelisco de mau gosto ao lado de uma das construções mais bonitas de Juiz de Fora.

Aumento no preço do pão

Por Michele Pacheco

Só de pensar nele me dá água na boca!
Quentinho, crocante e cheiroso, o pãozinho é um tentação pela manhã. Quem resiste a passar uma camada de manteiga e vê-la derretendo?
Pois é, o pão faz parte do cardápio de praticamente todos os países.
Segundo a ABIP, Associação Brasileira das Indústrias de Panificação, no Brasil, 55% da venda de trigo se destinam ao fabrico do pão.

A indústria da panificação está entre os seis maiores setores da economia nacional, sendo responsável por 2% do Produto Interno Bruto Nacional (PIB). Dados do Sindipan mostram que "a mão de obra direta empregada pelo setor no país é ao redor de 600 mil trabalhadores diretos e mais de 1,5 milhão indiretos. Os empregos diretos no setor produtivo atingem 210 mil. Além de cerca de 100 mil pequenos empresários e uma quantidade não dimensionada de familiares dos mesmos no universo de mais de 52 mil empresas."

Mesmo assim, a ABIP afirma que o brasileiro come pouco pão. "A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda 60 kg/per capita/ano. Estamos atrás de vários países sul-americanos e europeus.
Este é um dos motivos por que vamos desenvolver ações em prol do incremento do consumo", afirma Alexandre Pereira, presidente da ABIP.
O país ocupa o décimo nono lugar no ranking mundial, tendo consumido em 2007 29kg/per capita.

Um dado interessante, segundo a FIEC, Federação das Indústrias do Estado do Ceará, é que a " distribuição geográfica das padarias no Brasil é maior na Região Sudeste, onde estão 43% dos estabelecimentos.
Vinte e quatro por cento ficam na Região Nordeste; 22% na Região Sul; 7% na Região Centro-Oeste e 4% na Região Norte.
Do total de 52.286 padarias espalhadas pelo Brasil afora, São Paulo tem o maior número – 10.560 pontos –, o equivalente a 20,2% do total. O Ceará é o 14º estado com maior número de panificadoras – 1.128 –, correspondendo a 2,16% do total."

Os panificadores brasileiros passam por um momento complicado. A Argentina produziu 40% menos trigo que o esperado. Com isso, reduziu a exportação e aumentou o preço do produto. Só nos três primeiros meses deste ano, o trigo quase dobrou de preço. O resultado já é sentido no bolso do consumidor. Fizemos uma reportagem sobre o assunto e ouvimos um aposentado que reclamou que já está pesando no bolso. Uma dona de casa mostrou otimismo e disse que acredita que os donos de padaria vão dar um jeito de não prejudicar os compradores. Um dono de padaria disse que o aumento do preço do pão é inevitável. Ele está comprando a farinha de trigo mais cara e conta que em janeiro vendia o quilo do pão por R$ 6,28. Em abril, o valor já era de R$ 6,98.

Os historiadores lembram que o pão faz parte da cultura de vários povos e pode ter sido um dos primeiros alimentos criados pelo homem.
Não há registros precisos da origem dele, mas acredita-se que o pão tenha surgido há 12 mil anos, junto com o cultivo do trigo na região da Mesopotâmia, hoje Iraque.
No Brasil, o consumo de pão só se popularizou no início do século XIX, com a vinda dos imigrantes italianos.

Independemente do tipo, do sabor e do modo de preparar, o bom e velho pãozinho tem lugar de honra na nossa mesa. Eu e o Robson somos apaixonados por ele! Sempre que dá, a gente pede um delicioso pão de sal com queijo minas na chapa.
Os funcionários de algumas padarias já nos conhecem e, basta nos ver chegando, que vão logo acendendo a chapa. Ai, me deu fome! Ainda bem que acabei de comprar um estoque de pãezinhos.
Com o frio que está fazendo aqui em Juiz de Fora, nada melhor que um bom chocolate quente com pão, saboreado na frente da TV, dividindo a coberta com meu marido querido!