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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

sábado, 1 de setembro de 2012

Programa Ambiente de Paz - 2 meses no B. Santa Cruz em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Quem passava pelo bairro Santa Cruz hoje pela manhã notou um movimento diferente na porta da sede do Programa Ambiente de Paz.
Uma mesa foi montada com drogas, celulares, um revólver e outros materiais apreendidos numa operação policial.

O trabalho foi feito pela equipe do Programa Ambiente de Paz no bairro São Judas Tadeu.
Os policiais foram a duas casas na mesma rua.
Eles encontraram 1 revólver calibre 38 com a numeração raspada, 6 munições do mesmo calibre, 75 pedras de crack, 100 buchas de maconha e 100g da mesma droga, 4 celulares, uma balança eletrônica, 1071 reais e uma nota de um dólar.

Além disso, um binóculo chamou a atenção dos policiais e poderia ser usado para vigiar a movimentação policial no bairro.
Dois jovens foram presos, um de 20 anos e outro de 22.
Eles contaram ter comprado a arma por 1100 reais no bairro Borboleta.

O balanço é positivo dos 2 meses de trabalho do Programa no bairro Santa Cruz.
Foram três operações seguidas.
No dia 11 de agosto, 8 pessoas foram presas no bairro Nova Era II e dois adolescentes apreendidos.
No dia 23, 6 armas de fogo foram apreendidas numa casa no Santa Cruz.

Assassinato na Vila Olavo Costa em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Por volta do meio dia, recebemos informação de uma fonte sobre um homem que tinha sido baleado na Vila Olavo Costa, região sudeste de Juiz de Fora.
Fomos ao local e encontramos uma equipe da PM e muitos moradores na rua, ao lado de um homem caído de bruços no chão e sujo de sangue./

Logo em seguida chegaram as ambulâncias do SAMU e do Resgate.
O médico prestou socorro, mas constatou que o homem de 28 anos já estava morto, depois de ser atingido por dois tiros dados pelas costas.
Maicon Fernandes Marques tinha envolvimento com tráfico de drogas, segundo a polícia e a família./

A mãe dele estava no local e conversou com a gente.
Achei estranho o olhar pesaroso, mas sem lágrimas e comecei a conversar com ela, antes de gravar.
Rosângela me disse que não falava com o filho havia alguns anos, porque não concordava com o caminho que ele escolheu.
Como uma mulher que trabalha muito para sustentar a família, ela não conseguiu aceitar a decisão do Maicon./

Diante do corpo do filho, a mãe parecia conformada.
E foi o que disse na entrevista.
Ela afirmou que sabia que um dia passaria por aquele sofrimento, mas que rezava para isso nunca acontecer.
Quem se envolve com o tráfico costuma ter dois caminhos a seguir: a prisão ou o cemitério./

Como ocorre na maioria dos casos de violência em comunidades que temem a represália dos marginais, ninguém admitiu ter visto ou ouvido qualquer coisa relacionada ao crime.
Difícil acreditar que no meio do dia, tiros numa rua movimentada, um baleado... e ninguém sabendo de nada./

Mas, a polícia já se acostumou com essa dificuldade, o que complica e atrasa as investigações e a busca pelos culpados.
O que as comunidades esquecem é que elas têm o poder de mudar a realidade que estão vivendo.
As denúncias podem ser anônimas, pelo telefone 181, e ajudam muito o trabalho dos órgãos de Segurança Pública.