Por Michele Pacheco & Robson Rocha
Exemplos de que dá certo tentar a sorte cobrindo férias ou lutar por vagas de estágio.
Michele Pacheco
Formada em jornalismo pela Universidade Federal de Juiz de Fora (92/95), estreei em televisão cobrindo férias na TV Alterosa. Na época, 1997, a emissora tinha apenas uma sucursal na Zona da Mata e uma equipe de três pessoas: Stela Amorim – repórter, Robson Rocha – repórter cinematográfico e Leon Pansard – executivo de contas. Fiz as férias da Stela em julho e foi uma experiência incrível. Comecei na TV tendo orientações de grandes profissionais, como Benny Cohen, Antônio Cotta, Madalena Fagundes, Rogério Corrêa e muitos outros.
Com matérias exibidas para todo o estado, consegui uma proposta de trabalho em Uberlândia. Estava quase assinando o contrato, quando a Stela teve problemas pessoais e pediu demissão. Fui contratada e visto a camisa até hoje.
Discordo quando dizem que o mercado de jornalismo é fechado, quase impossível de entrar. Tem espaço para todo mundo, basta investir no próprio potencial, acreditar no que está fazendo e se manter antenado a tudo que acontece no setor. Um profissional desinformado e acomodado não sobrevive nem se destaca no jornalismo de hoje. Informação é ouro, seja para jornalistas formados, seja para estudantes de comunicação. Se não criarmos o hábito de buscar as notícias desde cedo, vamos engrossar a lista de profissionais medíocres que se pautam pelo que os outros já fizeram, que buscam em jornais e rádios as notícias que deveriam ter sido descobertas na véspera, que fazem todo ano a mesma coisa nas datas comemorativas. As chances estão aí, basta saber aproveitá-las.
Robson Rocha
Em 1988 estava terminando o curso de Eletro-técnica no CTU da Universidade Federal de Juiz de Fora, quando consegui a oportunidade de fazer um estágio na TV Globo Juiz de Fora. Meu pai ficou sabendo da vaga e me inscreveu por saber que eu gostava desse negócio de televisão. O estágio foi legal. Aprendi todas as etapas da parte operacional.
O interesse e a seriedade com que encarei a oportunidade compensaram a minha personalidade forte. Ralei muito, surgiu uma vaga e consegui ser contratado pelo setor de Engenharia como câmera de estúdio. No estúdio fazia Santa Missa em Seu Lar, MGTV 1 e 2, Globo Comunidade e muitos comerciais.
Um tempo depois me promoveram pra externa. Quando o departamento de produção comercial acabou fiquei um tempo por conta do jornalismo, até 1996, quando passei para a TV Alterosa.
Não teria como agradecer a todos que me ajudaram e ajudam. Acho que tudo o que aprendi valeu a pena. Me ensinaram que operar uma câmera é mais do que apertar botões. O conhecimento técnico do equipamento é fundamental. Se a câmera dá pau, é importante saber avaliar o problema e passar informações precisas para o técnico, o que agiliza a solução. Mas como um chefe me disse uma vez, “se você não tiver sensibilidade, será simplesmente mais um”.
A televisão hoje não é a mesma coisa de 19 anos atrás, mas sempre falo com os estagiários que conheço que uma coisa não mudou: saber mais do que o cargo exige coloca o profissional alguns passos à frente dos colegas.
Um comentário:
Concordo com a Michele, as oportunidades estão aí, basta sabermos olhar cada situação, hoje qualquer empresa precisa de um profissional de comunicação. Creio que esse profissional num curto espaço de tempo será fundamental. É hora de ficar de olhos abertos!
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