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Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quinta-feira, 31 de janeiro de 2008

Correr do tiro ou em direção ao tiro - dúvida exclusiva de repórter

Por Marcelo Lima
Repórter da Rádio Solar

Esta semana tive a agradabilíssima surpresa de encontrar nos corredores da 7ª DRPC, uma companheira diária de pautas que após ter sido promovida passou a gozar do conforto da redação do jornal Tribuna de Minas, abandonando de vez os colegas de “porta de cadeia”.
Reencontrá-la é a certeza de reviver histórias Fora do Ar das mais engraçadas.

Famosa por seu jeito distraído, o que não a impede de ser uma excelente repórter, essa amiga que por timidez vou poupá-la da identificação, protagonizou uma das passagens mais engraçadas da minha curta carreira profissional.

Certa vez, formavam uma roda no corredor da Sétima Delegacia, eu, ela e um delegado, quando um tiro foi disparado dentro de uma das salas. Em poucos segundos, dezenas de policiais com armas em punho corriam na nossa direção. Sem saber se procurava de onde havia partido o tiro ou se abrigava de possíveis novos disparos, essa colega permaneceu estática com o bloco de anotações na mão.

Como avaliei que não havia muito tempo para pensar, puxei-a em direção ao estacionamento, onde descolei um esconderijo à altura do utilizado por Bin Laden (seja lá onde for que ele se localize); um espaço entre o abandonado rabecão da Polícia Civil e uma reforçada coluna de concreto, onde só cabia um repórter de aproximadamente 2 metros de altura e sua diminuta colega de profissão. Por ali ficamos até que a poeira baixou e conseguimos apurar o que havia acontecido.

Em outra ocasião, o Secretário de Defesa Social do estado aterrissou no pátio da 7ªDRPC no indefectível helicóptero “Carcará” da Polícia Civil.
Jornalistas fizeram montanhas de perguntas, o Secretário respondeu e voltou apressado para a aeronave. Eu e minha distraída amiga trocávamos informações em meio ao barulho ensurdecedor que o aparelho fazia ao decolar, quando ela dispara reclamando do barulho do helicóptero:- Puxa, esqueci de perguntar isso, preciso voltar e apurar com o Secretário! Infelizmente não foi possível porque o helicóptero já sobrevoava a delegacia em direção a Belo Horizonte, sem que minha colega percebesse que levava o Secretário que ela havia visto embarcar. Enfim, costumo brincar com ela: Se uma Kombi rosa guiada pela Isabelita dos Patins passar com as meninas Super Poderosas de carona pela avenida Rio Branco, domingo de manhã, ainda assim há risco dela não ver porque estava distraída.

Seja bem vinda de volta, amiga.

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