Por Robson Rocha
O fato dessa semana foi o incêndio no centro da cidade.

Ludmila Fam e eu estávamos na UFJF quando minha filha me ligou dizendo de um incêndio na Floriano. Poucos minutos depois, quando já nos deslocávamos para o local a redação nos passou a informação.
O transito da cidade estava completamente parado, mas aí vem o primeiro ponto positivo.
Os agentes de trânsito e a PM já começavam a organizar o transito e orientar os motoristas.
Sem muitos problemas, conseguimos chegar na avenida Getúlio Vargas esquina com Floriano.

Posicionados e preparados para receber muitas vitimas.
Felizmente, eles não precisaram agir.

Tudo isso, organizadamente.
Não houve gritos, nem exageros, tudo muito bem coordenado.
Em certos momentos parecia até um treinamento.
Enquanto isso, os bombeiros combatiam o incêndio.

Também havia uma informação não confirmada de que uma funcionária teria ficado presa dentro da loja. Informação felizmente desmentida mais tarde.
O fogo atingiu também um prédio abandonado onde já funcionou um hotel.

Aí, começaram a ficar visíveis algumas deficiências.
A Cemig demorou para chegar e desligar a rede elétrica da região.
Com a rede ligada, a escada magiros do corpo de Bombeiros não conseguia levar os militares até pontos estratégicos para combater o fogo.
Aí, os lojistas tentaram salvar alguns produtos, mas já era tarde.
Rapidamente o fogo tomou conta das lojas e pequenas explosões aconteciam a todo momento.

Mas, os militares só tinham a auto-escada para chegar por cima aos focos do incêndio.
A Cemig cedeu um carro e os bombeiros jogavam água nas lojas da esquina.
Porém o fogo só foi controlado com a chegada de um grande guindaste de um empresa de Juiz de Fora. Isso, depois de mais de 6 horas do início do incêndio.
Outra coisa que achei, digamos, eficiente, foi a presença do prefeito.
Quando questionado por uma moradora, que teve que sair de casa e estava "abandonada" com os filhos e a avó, ele mesmo resolveu o problema.
Pediu que a mulher aguardasse, buscou pessoalmente a equipe da assistência social e determinou que solucionasse o caso.
Nas entrevistas, a caça a um culpado pelo incêndio.
Tinha alvará?
Acho que culpados somos todos nós, quem criou as condições, quem não fiscalizou e quem não denunciou.
Pois, se havia algo de errado, o dono, os funcionários, o poder público e nós da imprensa , poderíamos ter feito algo que evitasse o acidente.

Sempre acompanhamos o trabalho desses verdadeiros heróis.
Concordo com o Comandante e com o Prefeito quando disseram que o 4ºBBM nunca esteve tão bem equipado..
O que temos de equipamento ainda é pouco para uma cidade do porte de Juiz de Fora.
Um exemplo: a cidade possui várias edificações com mais de vinte andares e em caso de um incêndio em um desses prédios, como salvar as pessoas e combater incêndios?
Teresina, no Piauí, é uma cidade de porte médio e que não é tão verticalizada como
Juiz de Fora e possui equipamentos muito mais modernos para o combate a incêndios e salvamentos de pessoas em grandes alturas.

Peguei até algumas fotos para confirmar o que escrevi.