Por Carlos Ferreira
RadialistaIngratidão é o sentimento do torcedor do Tupi, clube que estendeu a mão e deu ao Senhor Moacir Vieira de Araújo Júnior a oportunidade de, pela primeira vez, dirigir um time na primeira divisão do futebol mineiro. Na Taça Minas foi vice, perdendo todos os jogos fora de casa, com exceção da final, quando vencia por um a zero, faltou ousadia, mexeu errado ao tirar o Robinho, cedeu o empate e perdeu nos penaltis. No mineiro, fazia boa campanha até o jogo contra o Ituiutaba, time que jogou com dez jogadores desde os trinta e oito minutos do primeiro tempo. O Tupi não teve força, coragem e ousadia para vencer o jogo. Quando o torcedor apostava que nenhuma proposta de clube do interior o seduziria, eis que o técnico, que segundo a diretoria, ganhava oito mil reais por mês (está com dinheiro o Tupi para pagar essa quantia a um técnico, até então, desconhecido), vem o Ipatinga, penúltimo colocado no mineiro (se depender de torcida, vai ficar nessa posição até o final) e leva o técnico. Mudança de comando técnico é comum no Brasil, o que incomoda é perder para um time que é penúltimo colocado e, ainda, sem tradição. Que isso sirva de exemplo para a diretoria do Tupi e que quando precisar contratar um técnico, contrate alguém que tenha no currículo alguns títulos de relevãncia. Afinal, campeão do Módulo 2, até o João Batista já foi.
O Ipatinga, novo time do Senhor Moacir Júnior, vai disputar a Série A do futebol brasileiro e tem por hábito seguir as atitudes dos clubes da capital, devido a forte influência que Belo Horizonte exerce na região do Vale do Aço. Os clubes da Capital (Cruzeiro e Atlético) na história recente, não são dirigidos na Série A por técnicos nascidos em Minas, exceção a Carlos Alberto Silva (embora nascido em Bom Jardim de Minas, é radicado em São Paulo) e Procópio Cardoso, que quando assume o Atlético, é para tentar tirar o time da degola, nunca para disputar títulos. Vale lembrar que o Senhor Moacir Júnior é mineiro, nascido na cidade de Curvelo.
Quanto ao time, cessada a idolatria, cabe a eles, jogadores, provarem para a torcida e para eles também, de que o técnico não ganhava sozinho. Aqueles que estão torcendo e patrocinando o fracasso do Tupi estão sorrindo. Com a resposta, em campo, os jogadores, vencer o Rio Branco em Andradas não é impossível. Eu acredito!
Carlos Ferreira
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