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Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

domingo, 24 de fevereiro de 2008

Taça Guanabara 2008

Por Robson Rocha

Hoje, domingão, para não perder a rima, estávamos de plantão.
Filamos a bóia na casa da minha mãe e fomos trabalhar. Para valorizar mais o dia, choveu, mas choveu muito!
Chegamos na TV e fui revisar os equipamentos, enquanto a Michele ia na redação pegar as pautas.
Chequei câmera, luz, baterias, etc e coloquei no carro. Logo a Michele desceu.
Fomos gravar onde seria o bar dos botafoguenses, mas a torcida estava toda misturada. Flamenguistas e botafoguenses.
Fomos então para o bairro Alto dos Passos, onde as torcidas de Juiz de Fora se reúnem para comemorar.
Comecei a observar a quantidade de adolescentes enchendo a lata, ou melhor esvaziando latas, garrafas, copos. Mesmo havendo polícia e fiscais da prefeitura, os menores bebiam e muito.

Lembrei que havíamos feito sonoras com o promotor Julio César sobre o problema desses adolescentes se embriagarem e que em alguns casos isso não termina bem. Como dois casos do ano passado, quando dois jovens morreram em Juiz de Fora.
Fiz imagens, falei com a Michele o que havia gravado e sugeri fazermos uma matéria sobre a falta de controle na venda de bebidas para adolescentes. Ela topou.

Fiz várias imagens onde jovens de 13, no máximo 14 anos já estavam totalmente alterados. E o que me chamou a atenção é que não eram só os garotos. Um grupo de garotas estava bem no meio da rua e não parava de beber. Uma loirinha já estava chapada e fazendo escândalo.

Em momento algum vi alguém do Juizado de Menores por ali.
E para piorar, em alguns bares os adolescentes eram servidos com cerveja na mesa. Lá na sacada do segundo andar, pra todo mundo ver. E aí, fazer o quê?

Mas vou criticar a quem?
Uma garota, quando percebeu que estava sendo gravada bebendo. Afastou a latinha da boca e tentou esconde-la atrás da colega. E ainda passaram por mim xingando.
Será que os pais não notam nada? O hálito, o comportamento. Ou será que se omitem?

Como disse uma vez o capitão Almir Cassiano, os pais têm que ajudar, mas muitas vezes se um policial apenas disser alguma coisa a um adolescente desses, muitos pais ainda reclamam e, às vezes, oficialmente na PM.
Avaliando tudo isso, vamos nós da imprensa fingir que tudo está normal. Mas, quando um jovem morrer e a bebida alcoólica for um dos pontecializadores do fato, apareceremos todos. Inclusive alguns pais que não têm o mínimo controle sobre os filhos.

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