Houve um tempo, não muito distante, em que jornalistas e militares eram como água e óleo. Olhares desconfiados, trocas de farpas, falta de disposição para entender o outro lado eram freqüentes.
Mas, felizmente isso está mudando.
Mas, felizmente isso está mudando.
As Forças Armadas, de um modo geral, descobriram que podem se aliar aos meios de comunicação para divulgar os trabalhos que fazem.
E a imprensa está aprendendo a respeitar os limites impostos pela rotina militar.
Nessa semana, tivemos o privilégio de acompanhar de perto um treinamento estratégico da EsAO, Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, do Rio de Janeiro.
Nessa semana, tivemos o privilégio de acompanhar de perto um treinamento estratégico da EsAO, Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, do Rio de Janeiro.
Por ela, passam capitães do Exército e militares da Marinha e da Aeronáutica.
O curso de dois anos tem uma parte teórica e exercícios práticos.
Um deles está sendo realizado entre Lima Duarte e Matias Barbosa.
Uma coisa que nos chamou atenção foi a capacidade de 422 alunos trabalharem em equipe.
Uma coisa que nos chamou atenção foi a capacidade de 422 alunos trabalharem em equipe.
Puxa, numa empresa pequena já é difícil conciliar todos os gênios e estilos.
Imagine com tanta gente diferente reunida.
Mas, a disciplina fala mais alto e os militares aprendem que ouvir o companheiro pode fazer diferença entre a vida e a morte num combate.
O tempo todo em que acompanhamos o treinamento, seja sobrevoando Juiz de Fora, seja em campo, tivemos a companhia de oficiais responsáveis pela assessoria de imprensa.
O tempo todo em que acompanhamos o treinamento, seja sobrevoando Juiz de Fora, seja em campo, tivemos a companhia de oficiais responsáveis pela assessoria de imprensa.
Os capitães Ivan Christie e Adler deveriam fazer palestras nas turmas de jornalismo, explicando aos futuros assessores de imprensa como lidar com simpatia, educação e competência com a imprensa.
Dentro do rigor militar, eles conseguiram esclarecer nossas dúvidas, sem ultrapassar as normas de segurança.
Comentamos com alguns militares que estavam lá o quanto a mudança de comportamento é benéfica para ambas as partes. Antes, eu tinha uma visão antiquada do Exército, baseada em depoimentos de jornalistas e no que enfrentei no início da profissão.
Comentamos com alguns militares que estavam lá o quanto a mudança de comportamento é benéfica para ambas as partes. Antes, eu tinha uma visão antiquada do Exército, baseada em depoimentos de jornalistas e no que enfrentei no início da profissão.
Nas primeiras reportagens policiais que fiz na TV Alterosa , eu e o Robson enfrentamos dificuldades para conseguir informações, olhares tortos, resmungos. Aos poucos, conseguimos mostrar que nossa intenção não era ser apenas mais uma equipe de reportagem disposta a detonar a polícia ou os militares. E foi assim que conquistamos amigos e fontes.
No treinamento da EsAO, eu, o Robson e a Mazza, que nos ajudou como motorista, fomos tratados por todos com simpatia e boa-vontade. Deixando de lado a visão preconceituosa, enxergamos muita coisa que não se diz com freqüência dos militares.
No grupo, havia 7 mulheres. Todas tinham os mesmos direitos e as mesmas responsabilidades que os homens.
A Capitão Instrutora Cristina Werneck foi muito gentil logo que chegamos e nos acompanhou ao alto da colina onde a tropa estava reunida. Com 10 anos de serviço militar, a pediatra explicou que se sente realizada no Exército, pois pode unir trabalho social, ensino e operacionalidade.
Encontramos também 25 estrangeiros.
No treinamento da EsAO, eu, o Robson e a Mazza, que nos ajudou como motorista, fomos tratados por todos com simpatia e boa-vontade. Deixando de lado a visão preconceituosa, enxergamos muita coisa que não se diz com freqüência dos militares.
No grupo, havia 7 mulheres. Todas tinham os mesmos direitos e as mesmas responsabilidades que os homens.
A Capitão Instrutora Cristina Werneck foi muito gentil logo que chegamos e nos acompanhou ao alto da colina onde a tropa estava reunida. Com 10 anos de serviço militar, a pediatra explicou que se sente realizada no Exército, pois pode unir trabalho social, ensino e operacionalidade.
Encontramos também 25 estrangeiros.
Cada um com seus uniformes do país de origem, eles se misturaram aos brasileiros e quebraram as barreiras da língua e da cultura.
Conversamos muito com três deles.
O argentino Marcos Faedo ria sem parar e dizia que tinha sido proibido pelo comando de falar de futebol.
Ele explicou que está no Brasil pois o exército argentino está se reformulando e valoriza o intercâmbio com os militares brasileiros.
Sempre ao lado do Faedo estava o Rodrigo Luengo.
Sempre ao lado do Faedo estava o Rodrigo Luengo.
Ele é do Chile e contou uma história muito interessante.
Num momento em que Chile e Argentina estavam meio estremecidos, os dois chegaram a defender uma mesma ponte em lados opostos.
Eles não chegaram a se conhecer.
Mas, na EsAO os “vizinhos” descobriram muitas afinidades, ficaram amigos e aprenderam a tomar decisões juntos.
Outro estrangeiro que se sente em casa no Exército brasileiro é o major americano, Jason Vulcan.
Outro estrangeiro que se sente em casa no Exército brasileiro é o major americano, Jason Vulcan.
Ele participa do treinamento como observador e tem como missão mostrar aos alunos um pouco da doutrina do Exército Americano.
Enquanto os grupos avaliavam as questões propostas pelos instrutores, o Major Vulcan ia de grupo em grupo avaliando as conversas e as decisões sendo tomadas.
Acompanhar de perto esse trabalho foi muito bom.
Estamos ansiosos pela próxima oportunidade de aprender mais sobre as Forças Armadas do Brasil. Além de interessantes, os treinamentos nos proporcionam a chance de conhecer pessoas interessantes, de conviver num ambiente totalmente diferente do nosso cotidiano e de nos deliciar com as imagens de ação que, em geral, só vemos nos filmes.
Obrigada a todos pela oportunidade.
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