O Grupo Tático Operacional de
Tóxicos e Homicídios da Polícia Civil de Juiz de Fora vinha investigando há 3 meses um comerciante de 62 anos.Ele já tinha sido preso pela Polícia Federal na década de 90 por tráfico de drogas.
Na noite dessa quinta-feira, a equipe do GTO foi à casa do suspeito e encontrou diversas irregularidades.
A Polícia Civil fazia uma investigação sobre máquinas caça-níqueis
e chegou ao Francisco de Souza Ferreira.Ele é dono de vários equipamentos desses, que são ilegais.
Na casa do comerciante, os policiais encontraram 8 caça-níqueis.
Dentro deles, veio a surpresa: 2 tijolos com 2,250 kg de cocaína pura.
A droga estava escondida e era misturada aos poucos.
Também foram apreendidos na casa 5,379
kg de material para ser misturado à cocaína.O suspeito usava de tudo.
O delegado encarregado das investigações explicou que a droga pura é meio borrachuda e vem prensada em tijolos.
Para que ela fique pronta para o uso, os traficantes fazem misturas com pós brancos e finos.
As opções são muitas.
Neste caso, o homem usava realçador de sabor, bicarbonato de sódio e base para remédios manipulados.Quando a gente manda fazer capsulas de algum medicamento, as farmácias usam uma porção das substâncias recomendadas pelo médico e completam a cápsula com um pó que pode ser à base de leite ou de café.
O que os policiais descobriram
é que o suspeito usava a base de café para fingir que a cocaína era mais pura, vendendo mais caro do que a outra misturada com base de leite.Como o produto dá uma sensação de dormência na língua, os compradores provavam e achavam que o efeito era em função da qualidade da droga.
Tanta gente mata e morre
por causa dos entorpecentes e os viciados nem percebem o quanto são enganados no vício deles.Quantos depoimentos tristes já ouvimos sobre famílias destruídas por filhos que roubam e vendem tudo o que havia dentro de casa!
E para quê?! Comprar e cheirar bicarbonato de sódio?! Seria cômico se não fosse trágico!
Na casa do comerciante, o GTO
encontrou ainda 2 balanças eletrônicas e uma de dedo, vários materiais para embalar a droga e uma pistola 9mm com munições (uso exclusivo das Forças Armadas).O suspeito foi preso no fim da tarde, passou boa parte da noite prestando depoimento e foi enviado ao CERESP, Centro de Remanejamento em Segurança Pública, de Juiz de Fora.
Os policiais encontraram no local da prisão
diversos documentos.Havia vários cartões bancários, cheques, carteira de trabalho e uma papelada que levantou a suspeita de envolvimento do Francisco também com estelionato.
As investigações seguem e outros possíveis envolvidos com o esquema de uso de caça-níqueis e venda de drogas estão na mira da Polícia Civil.
O delegado Regional, Eduardo de Azevedo Moura, disse que o comerciante revelou no depoimento que tinha largado o tráfico depois de ser preso.
Mas, com o cerco fechado aos jogo ilegal no Brasil, ele teve prejuízos com as máquinas caça-níqueis e voltou a vender drogas para recuperar as finanças.

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