Por Michele Pacheco
Se os fãs de cachaça soubessem como é produzida e transportada boa parte da bebida vendida em Minas Gerais, ficariam horrorizados. Foi o que comprovou essa operação da polícia militar.
O relatório enviado pela Assessoria de Comunicação da 13a Companhia Independente de Meio Ambiente e Trânsito chamou minha atenção pelo local onde foi apreendido o carregamento clandestino de aguardente.
O Campo das Vertentes, em especial a área das cidades históricas, tem tradição em produzir pinga artesanal de ótima qualidade. Em Coronel Xavier Chaves fica o alambique mais antigo do Brasil ainda em funcionamento. Ele pertenceu à família de Tiradentes, o Mártir da Inconfidência Mineira.
Mas, os policiais sabem que lá também existem produtores ilegais, que fabricam a cachaça sem controle da Vigilância Sanitária e fazem o armazenamento e o transporte em condições precárias.
Os policiais rodoviários faziam uma blitz na BR 254, na altura do km 254, quando abordaram o caminhão azul com placa de Tiradentes-MG. O motorista de 32 anos é morador da zona rural de Resende Costa. Ele transportava no veículo cinco tonéis de plástico, com cerca de 900 litros de pinga clandestina.
A aguardente estava sem comprovante de origem e em embalagem irregular, já que os tonéis eram reaproveitados e originalmente se destinavam ao transporte de outros produtos, impróprios para consumo humano.
A Vigilância Sanitária de São João del Rei foi acionada. Os fiscais sanitários examinaram a cachaça e registraram o laudo de No. 501/09, determinando o recolhimento e a inutilização da bebida.
Os tonéis foram levados para o aterro sanitário de São João del Rei, onde foram esvaziados.
Desta vez, os consumidores escaparam. Vale lembrar que o consumo de produtos clandestinos oferece riscos à saúde e pode levar até mesmo à morte.
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