Por Michele Pacheco
Segunda-feira, sol escaldante, poucas nuvens no céu.
Depois de uma tarde cansativa e quente de trabalho, tudo o que a gente queria era um bom banho e descanso.
Por volta de 19h 30, faltando meia hora para encerrar o expediente, já estávamos contando nos dedos os minutos.
Mas, eis que tudo se apaga.
Literalmente!
Virou um breu só!
Um apagão deixou 22 cidades da região sem energia elétrica, num total de 260 mil consumidores, o que equivale a cerca de um milhão de pessoas.
Em Juiz de Fora, o trânsito virou um caos no centro.
Com os sinais apagados, era um Deus nos Acuda, um Salve-se quem puder.
Os motoristas não cediam a vez e todo mundo queria passar ao mesmo tempo.
Resultado: buzinas estridentes e um tumulto daqueles.
Os pedestres ficaram perdidos.
Onde eles conseguiam enxergar alguma coisa, ficava difícil atravessar, pois os motoristas não paravam.
No cruzamento das avenidas Rio Branco e Independência, um dos mais movimentados do município, quem estava à pé ficou sem vez. Ou o pessoal se arriscava entre os carros embaralhados nas pistas ou ficava plantado na calçada sem previsão de voltar a energia.
Um agente de trânsito chegou apressado enquanto o Robson registrava o caos das trevas.
Ele usou um apito para organizar o tráfego no escuro. Perigoso!
O agente tinha que ficar no meio da pista, com aqueles motoristas desorientados e estabanados se espremendo para passar antes dos outros.
Que bela educação no trânsito!
Voltamos para a TV e tive que usar uma lanterninha que parece de brinquedo para enxergar a fita e o equipamento no carro.
Já estávamos pensando no nosso chuveiro tão distante.
Distante mesmo, já que moramos no vigésimo andar e, sem luz, teríamos que subir pelas escadas.
Claro que iríamos esperar a energia voltar!
Mas, fomos avisados de que o problema era na subestação do bairro Barbosa Lage, na zona norte de Juiz de Fora.
No meio do caminho, notamos que a luz voltava aos poucos.
Na subestação, vimos os bombeiros saindo depois de ter controlado um incêndio causado por um estouro num dos transformadores.
O que restou do óleo pegou fogo e deu trabalho aos bombeiros.
Assim que as chamas foram apagadas, técnicos da Cemig fizeram a manutenção necessária para restabelecer o abastecimento em Juiz de Fora e região.
Pelos nossos cálculos, o apagão durou 45 minutos.
Mas, preceram horas...
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