Por Michele Pacheco
Por volta de quinze para as dez da manhã, o movimento era intenso na parte alta da rua Marechal Deodoro, no centro de Juiz de Fora.
Várias pessoas aguardavam na recepção de uma conservadora que presta serviços de zeladoria.
Dois homens tocaram o interfone, citaram o nome de um funcionário e disseram que queriam fazer uma ficha.
Eles entraram como clientes comuns.
Na recepção, um dos homens sacou um revólver, apontou para a cabeça de um homem que aguardava atendimento, anunciou o assalto e mandou todo mundo deitar no chão e ficar quieto.
Enquanto um dos bandidos vigiava os reféns, o outro ia até uma sala onde estavam três funcionários.
Também armado com revólver, ele exigiu o malote com dinheiro.
Ao saber que o funcionário responsável por ele já tinha ido para o banco, o bandido se revoltou, colocou a arma na cabeça de uma secretária e deu um tiro na parede.
Quando chegamos para cobrir o fato, o projétil ainda estava no chão e a funcionária estava chocada, chorando muito e mal conseguindo passar informações aos policiais militares.
Um jovem que trabalha na conservadora nos contou que os ladrões estavam bem informados e sabiam que hoje era dia de pagamento e que um malote com dinheiro seria manuseado.
Todos que ficaram de reféns dos criminosos disseram que eles estavam muito nervosos, que tremiam e gritavam muito.
Depois de perceber que o roubo tinha dado errado, os dois homens fizeram ameaças às vítimas e fugiram.
Testemunhas que acompanharam a saída dos ladrões armados contaram que eles entraram em dois carros, um Gol branco e outro cinza, e fugiram.
Pelo menos duas pessoas deram cobertura à tentativa frustrada de roubar o malote no dia do pagamento.
A Polícia Militar ouviu a descrição das vítimas e já tinha suspeitos.
As buscas foram feitas durante todo o dia.
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