Sabe, tem umas reportagens que deixam a gente mal.
São aquelas em que vemos pessoas decentes sofrendo pela irresponsabilidade de outras.
Foi o que senti em Santos Dumont.
O olhar desesperado e perdido de 38 trabalhadores foi difícil de encarar.
Eles são funcionários da Usina de Triagem e Compostagem de lixo, que foi interditada pela Feam, Fundação Estadual do Meio Ambiente, por irregularidades ambientais.
Segundo técnicos do órgão, a usina funcionava à céu aberto e sem licença ambiental.
No último dia 23, as autoridades ambientais foram ao local que fica na estrada para Cabangu, na zona rural de
Santos Dumont.
O acúmulo de lixo, as condições precárias de trabalho e os impactos ambientais foram algumas das razões citadas pela Feam para a interdição e a multa de 20 mil reais.
A Usina está fechada.
As 35 toneladas de lixo recolhidas diariamente em Santos Dumont eram enviadas para lá.
A montanha de rejeitos era trabalhada pelos operadores de reciclagem, que separavam todos os itens que poderiam ser reaproveitados.
O lixo orgânico e outros produtos que não são recicláveis eram levados para o Aterro Sanitário, depois da separação.
O problema é que, uma semana depois da interdição, os funcionários não receberam qualquer informação sobre o destino deles.
Uma comissão se reuniu no plenário da Câmara Municipal para pedir ajuda e cobrar respostas.
Alguns vereadores se propuseram a ajudar as famílias que não sabem sequer se vão receber o pagamento pelo mês trabalhado.
Entre os trabalhadores, encontramos o Saimon e a Eliana.
O casal jovem trabalhava junto reciclando o lixo na Usina de Santos Dumont.
Desse esforço diário, vinha o dinheiro para sustentar a casa e o filho de 9 meses.
Agora, os dois vivem um momento de insegurança e desespero.
O menininho está doente e os pais não sabem o que vão fazer.
Os remédios que o bebê precisa são caros e o casal já tinha dificuldades antes.
Agora, com a ameaça de demissão e sem expectativa de receber o salário, eles estão apavorados. Fiquei com um nó na garganta.
A gente cobre todos os dias exemplos de pais que não se importam com os filhos.
Ver um casal sem a mínima condição financeira sofrer tanto por causa do bebê que precisa de remédios e eles não têm como comprar, é duro.
O líder do movimento dos trabalhadores pôs a culpa na prefeitura.
Para ele, o poder público é o responsável por pagar os salários dos funcionários e por providenciar os direitos trabalhistas de todos.
Achei estranho e perguntei por que eles não cobravam da empresa Coletec, já que eram funcionários dela e não do município.
A resposta foi que a prefeitura pagava a Coletec pelo serviço, portanto, tem responsabilidades com os trabalhadores.
Comecei a desconfiar de uma briga política por trás de toda a história.
Um grupo de trabalhadores foi até à prefeitura cobrar respostas.
Os funcionários da usina queriam garantias do poder público que iam desde a melhoria da usina para permitir a reabertura até o pagamento dos salários.
O secretário de Administração recebeu o grupo e explicou que a prefeitura não pode se pronunciar sobre o assunto, pois não foi comunicada oficialmente sobre a intredição e as irregularidades encontradas.
Ricardo Amadeu Boza perguntou aos trabalhadores por que eles não estavam cobrando respostas do dono da empresa responsável, já que ele é quem pode explicar o que vai ser feito daqui para frente.
Durante a conversa, descobri que a usina tem sido denunciada por irregularidades desde 2005.
Segundo o secretário, a prefeitura tentou rescindir o contrato para trasnferir o serviço a outra empresa que atendesse às exigências ambientais, mas não foi possível.
"A prefeitura tentou suspender o contrato, mas o dono da empresa entrou na justiça e conseguiu uma liminar que nos impede de rescindir o contrato e obriga o município a entregar todo o lixo recolhido à Coletec" explicou o Ricardo.
Enfim, ficou claro que os trabalhadores são vítimas de um jogo de empurra que tem base política. Se eles cobram da empresa para a qual trabalham, são orientados a procurar a prefeitura.
Se procuram a prefeitura, são orientados a buscar respostas junto à empresa que recebe 45 mil reais para fazer a triagem e compostagem do lixo em Santos Dumont.
É triste, mas tive a sensação de que essas pessoas estão entregues à própria sorte.
Mesmo com a imprensa em cima do caso, a situação está longe de ser resolvida.
O dono da Coletec ligou várias vezes para a TV Alterosa, pedindo para que fizéssemos a reportagem e se comprometendo em estar na Câmara par agravar entrevista, explicar o posicionamento da empresa e autorizar imagens dentro dela.
Mas, passamos a tarde toda na cidade e ele não apareceu.
Um funcionário fazia contatos por telefone e o empresário dizia estar chegando.
Mas não chegou. Por telefone, ele disse que estava doente e precisou ir ao médico em Juiz de Fora.
Sobre o problema, disse que a Coletec entrou com pedido de liminar na justiça, mas não cosneguiu a reabertura da usina.
Agora, vão recorrer.
Quanto à situação dos funcionários, nada foi explicado.
O acúmulo de lixo, as condições precárias de trabalho e os impactos ambientais foram algumas das razões citadas pela Feam para a interdição e a multa de 20 mil reais.
A Usina está fechada.
As 35 toneladas de lixo recolhidas diariamente em Santos Dumont eram enviadas para lá.
A montanha de rejeitos era trabalhada pelos operadores de reciclagem, que separavam todos os itens que poderiam ser reaproveitados.
O lixo orgânico e outros produtos que não são recicláveis eram levados para o Aterro Sanitário, depois da separação.
O problema é que, uma semana depois da interdição, os funcionários não receberam qualquer informação sobre o destino deles.
Uma comissão se reuniu no plenário da Câmara Municipal para pedir ajuda e cobrar respostas.
Alguns vereadores se propuseram a ajudar as famílias que não sabem sequer se vão receber o pagamento pelo mês trabalhado.
Entre os trabalhadores, encontramos o Saimon e a Eliana.
O casal jovem trabalhava junto reciclando o lixo na Usina de Santos Dumont.
Desse esforço diário, vinha o dinheiro para sustentar a casa e o filho de 9 meses.
Agora, os dois vivem um momento de insegurança e desespero.
O menininho está doente e os pais não sabem o que vão fazer.
Os remédios que o bebê precisa são caros e o casal já tinha dificuldades antes.
Agora, com a ameaça de demissão e sem expectativa de receber o salário, eles estão apavorados. Fiquei com um nó na garganta.
A gente cobre todos os dias exemplos de pais que não se importam com os filhos.
Ver um casal sem a mínima condição financeira sofrer tanto por causa do bebê que precisa de remédios e eles não têm como comprar, é duro.
O líder do movimento dos trabalhadores pôs a culpa na prefeitura.
Para ele, o poder público é o responsável por pagar os salários dos funcionários e por providenciar os direitos trabalhistas de todos.
Achei estranho e perguntei por que eles não cobravam da empresa Coletec, já que eram funcionários dela e não do município.
A resposta foi que a prefeitura pagava a Coletec pelo serviço, portanto, tem responsabilidades com os trabalhadores.
Comecei a desconfiar de uma briga política por trás de toda a história.
Um grupo de trabalhadores foi até à prefeitura cobrar respostas.
Os funcionários da usina queriam garantias do poder público que iam desde a melhoria da usina para permitir a reabertura até o pagamento dos salários.
O secretário de Administração recebeu o grupo e explicou que a prefeitura não pode se pronunciar sobre o assunto, pois não foi comunicada oficialmente sobre a intredição e as irregularidades encontradas.
Ricardo Amadeu Boza perguntou aos trabalhadores por que eles não estavam cobrando respostas do dono da empresa responsável, já que ele é quem pode explicar o que vai ser feito daqui para frente.
Durante a conversa, descobri que a usina tem sido denunciada por irregularidades desde 2005.
Segundo o secretário, a prefeitura tentou rescindir o contrato para trasnferir o serviço a outra empresa que atendesse às exigências ambientais, mas não foi possível.
"A prefeitura tentou suspender o contrato, mas o dono da empresa entrou na justiça e conseguiu uma liminar que nos impede de rescindir o contrato e obriga o município a entregar todo o lixo recolhido à Coletec" explicou o Ricardo.
Enfim, ficou claro que os trabalhadores são vítimas de um jogo de empurra que tem base política. Se eles cobram da empresa para a qual trabalham, são orientados a procurar a prefeitura.
Se procuram a prefeitura, são orientados a buscar respostas junto à empresa que recebe 45 mil reais para fazer a triagem e compostagem do lixo em Santos Dumont.
É triste, mas tive a sensação de que essas pessoas estão entregues à própria sorte.
Mesmo com a imprensa em cima do caso, a situação está longe de ser resolvida.
O dono da Coletec ligou várias vezes para a TV Alterosa, pedindo para que fizéssemos a reportagem e se comprometendo em estar na Câmara par agravar entrevista, explicar o posicionamento da empresa e autorizar imagens dentro dela.
Mas, passamos a tarde toda na cidade e ele não apareceu.
Um funcionário fazia contatos por telefone e o empresário dizia estar chegando.
Mas não chegou. Por telefone, ele disse que estava doente e precisou ir ao médico em Juiz de Fora.
Sobre o problema, disse que a Coletec entrou com pedido de liminar na justiça, mas não cosneguiu a reabertura da usina.
Agora, vão recorrer.
Quanto à situação dos funcionários, nada foi explicado.
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