Por Michele Pacheco
Imagem impressionante!
Estávamos a caminho da zona norte para fazer uma entrevista, quando notamos o trânsito lento na avenida Brasil, na altura do bairro São Dimas.
Primeiro, pensei que eram obras na pista, depois vimos os policiais e o Robson encostou rápido o carro num local seguro.
Ouvimos sirenes e vimos os bombeiros chegando com várias equipes de Resgate e de salvamento.
Ele foi para um lado fazer imagens da vítima e do carro destruído e eu fui atrás dos policiais, buscando informações.
Consegui os dados e corri para o local onde a vítima estava caída.
Os bombeiros imobilizaram o motorista e o colocaram numa maca.
Outra sirene anunciou a chegada de uma ambulância do SAMU.
A equipe se juntou aos bombeiros e assumiu o atendimento.
O ferido foi avaliado rápido e levado para a ambulância.
Esperávamos que o veículo saísse apressado, mas não foi o que houve.
O tempo foi passando e ficou claro que o estado do paciente era delicado.
O rapaz estava muito sujo de sangue e aparentava várias fraturas.
Quando chegamos, tive a impressão de que ele ainda estava se mexendo, enquanto era atendido pelos bombeiros.
Já no SAMU, ele ficou inconsciente e precisou ser estabilizado antes do transporte.
Bruno Moreira Coelho estava sozinho no carro.
Um policial que estava no local na hora do acidente disse ter visto o Opala dirigido pelo estudante de 21 anos entrando em alta velocidade na curva.
O motorista perdeu o controle da direção, bateu num poste e o carro se partiu.
O eixo traseiro e uma porta ficaram perto do poste.
O restante do veículo foi parar a uns trinta metros de distância.
Ficou até difícil entender as ferragens retorcidas.
A violência do impacto foi tanta, que o motorista foi arremessado para fora e ficou estendido no chão à espera de socorro.
Além de pedaços do carro, havia sangue espalhado pelo pátio de um prédio que já funcionou como concessionária de automóveis.
O trecho da avenida Brasil, no bairro São Dimas, é considerado perigoso.
Em agosto de 2007, a Polícia Militar registrou uma ocorrência muito parecida.
O motorista de um Opala perdeu o controle da direção na mesma curva, bateu num poste e o carro se partiu ao meio.
Na época, os policiais levantaram a suspeita de que o estrago foi tão grande porque a lataria estava toda enferrujada.
Em setembro de 2008, foi a vez de uma Parati ficar destruída.
O motorista também perdeu o controle da direção no mesmo trecho e bateu num poste, que foi arrancado.
Nesses dois registros mais antigos, os ocupantes dos veículos foram retirados com poucos ferimentos e sobreviveram. Dessa vez, o motorista morreu. Bruno Moreira Coelho foi levado direto para o CTI da Santa Casa de Misericórdia, mas morreu no início da noite.
Quem mora ou trabalha no bairro São Dimas cobra providências para dar mais segurança a motoristas e pedestres.
O pastor de uma igreja Batista reclamou que acabou de inaugurar um novo templo e que deve receber em torno de cinco mil pessoas nos cultos.
O medo dele é que o movimento maior acabe em tragédia num ponto tão perigoso.
Já foram pedidos quebra-molas e radares no local.
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