Por Michele Pacheco
A cidade de 32 mil habitantes luta contra um inimigo desleal: o mosquito Aedes aegypti, o transmissor da dengue.
Só neste mês, já foram registradas 152 notificações e 22 confirmações.
Muito mais do que em todo o ano.
De janeiro a novembro, foram 38 notificações e 9 confirmações.
Por toda parte, a dengue é o assunto mais discutido.
Ana Cristina passou aperto com a filha de 4 anos.
A menina ficou 5 dias com febre alta, vermelhidão pelo corpo e reclamando de dores.
A criança foi medicada e já está bem.
Mas, o susto preocupou a família.
Ela explicou que não mora no Triângulo, mas estava lá cuidando do filho que teve a doença.
"Eu tenho que ter medo, né? Fiquei cuidando dele e o bairro está cheio de mosquitos.
Qualquer um pode pegar dengue" falou ainda assustada com o sofrimento do filho.
No PAM, Pronto Atendimento Médico, do bairro Triângulo chegam por dia cerca de 50 pessoas com sintomas parecidos com os da dengue: dores pelo corpo, febre, manchas vermelhas pelo corpo, falta de apetite...
Enquanto fazíamos as entrevistas e as imagens, o Anderson chegou com a mulher dele.
Abatido, o ajudante de caminhão mal conseguia ficar em pé, enquanto a esposa preenchia a ficha dele.
Desde sábado, ele estava com mal-estar e suspeitava de dengue.
O Anderson e todos os pacientes com suspeita da doença são medicados no PAM e liberados.
O objetivo é recolher amostras de sangue para enviar a análise em Belo Horizonte.
Antes de uma semana, não adianta coletar material para exames.
A enfermeira Poliane de Oliveira explicou os procedimentos adotados e disse que os casos suspeitos são frequentes.
Equipes da Vigilância em Saúde percorrem os bairros onde foram identificados focos do mosquito.
Eles revistam os quintais das casas à procura de recipientes que possam armazenar água e se transformar em "berçário" para as larvas do Aedes aegypti.
Onde há suspeita de larvas, as equipes usam o larvicida.
O recomendado pelo Ministério da Saúde é menos de 1%.
As autoridades não sabem explicar o que levou a esse surto.
O coordenador de Vigilância em Saúde, Airton Nunes, disse que foi um ano com muitas pancadas de chuva fora de hora, o que pode ter ajudado a eclodir os ovos e aumentar o número de mosquitos na cidade.
Um problema que anda desfiando as autoridades de saúde do município é a falta de colaboração da população.
O acúmulo de lixo fora do lugar é uma preocupação constante.
Sacolas plásticas, latas, garrafas e todo tipo de material descartado em terrenos baldios podem se transformar em reservatório de água e foco de dengue.
Um campanha educativa deve ser posta em prática logo, segundo o Secretário de Saúde, Amauri Costa.
É bom lembrar que o combate à dengue é uma responsabilidade de todos!
Um comentário:
Michele e Robson,
Gostaria que vocês retornasem a Carangola, pois a situação aqui piorou, hoje é mais facil vc perguntar quem não tá ou não teve dengue, de cada 3 pessoal 2 estão ou tiveram dengue, e nosso prefeito não declara como um epdemia, se não ele para de receber certas verbas, inclussive o própio Prefeito teve dengue, e o curioso que quando tem uma enchente, basta o rio cobrir a primeira rua já declaram calamidade publica, pois assim a verba vem mais rápido né? engraçado. Fica meu apelo, voltem aqui e faça uma reporagem com o prefeito a respeito disso, por favor. Obrigado(a).
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