Os estragos causados pelas chuvas das últimas semanas já causaram 11 mortes em Minas.

Hoje, fomos a Barbacena acompanhar o drama de uma família.
A aposentada Efigênia Rosália Antero, de 80 anos, ficou soterrada, foi socorrida com vida, mas morreu no hospital.

Os quatro estavam numa cozinha improvisada embaixo de um muro de arrimo, na lateral da casa que está em reforma.
Começou o temporal e o muro desabou arrastando lama e concreto.
A família ficou soterrada.
Um vizinho ouviu o estrondo e correu para ajudar.

Ele gritou por socorro e outros moradores ajudaram a retirar bisavó, avó e netos dos escombros.
Dona Efigênia estava sem as pernas, segundo o Luiz Carlos.
O desabamento foi às seis da tarde e ela morreu duas horas depois.

A família foi informada de que a avó passaria por uma cirurgia na bacia hoje.
O menino passa bem e a garotinha está internada no CTI em estado grave, mas estável.
Efigênia foi velada e enterrada hoje na cidade.

Eles disseram que há seis anos o mesmo barranco desabou e o muro foi construído.
Segundo um engenheiro da Defesa Civil, o problema foi causado por erro na construção.
Já a família alega que a rua não tem boca de lobo e toda a enxurrada desce pelo lado esquerdo, onde fica a casa. Isso, sem falar que os ônibus passam pelo local bem rente ao trecho que desmoronou.
Uma reunião de emergência foi feita na prefeitura para avaliar estratégias.

Segundo as autoridades, em 48 horas, choveu cerca de 300mm, 20% do previsto para todo o mês de dezembro em Barbacena, e a previsão é de mais temporais até o Reveillon.
Ontem, fomos a Cataguases.

Segundo o prefeito, Willian Lobo de Almeida, em menos de uma hora foram 106mm de chuva, considerado o recorde de toda a história da cidade.
Os estragos foram registrados em vários bairros.
O caso mais grave foi no bairro Leonardo.

Como os moradores estavam viajando, três parentes que moram perto decidiram tirar os móveis para evitar prejuízos.
Quando acabavam o trabalho, o barranco deslizou e destruiu a casa.
Os três ficaram presos.
O homem saiu sozinho, a mulher dele foi salva pelos bombeiros, mas a irmã dela, de 31 anos, morreu soterrada.
Em Juiz de Fora, um menino de 4 anos morreu soterrado, também na segunda-feira à noite.

Ao todo, foram 4 soterrados.
Apenas o Fabrício ficou mais tempo debaixo da terra.
Depois de 50 minutos, ele foi encontrado ainda com vida, mas morreu no hospital.