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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 9 de maio de 2011

Crianças aterrorizam bairro e apedrejam ônibus

Por Michele Pacheco

Dá para acreditar?
Eles mal aprenderam a viver e já estão causando pânico na região sudeste de Juiz de Fora.
O suspeito de liderar a gangue de crianças é um menino de 9 anos.
Ele aparece num vídeo apreendido por policiais civis numa operação em 2010.

O material foi divulgado no mês passado e mostra o garoto fumando um cigarro que parece ser de maconha ao lado de homens identificados pelos policiais como traficantes.
Os adultos riem e incentivam a criança a fumar.
A cena chocante ganhou destaque na imprensa nacional.

O garoto recebeu ajuda da Vara da Infância e da Juventude e foi encaminhado para um abrigo.
Mas, segundo as autoridades, ele não fica muito tempo por lá e vive fugindo para voltar às ruas.
As investigações apontam que ele trabalha como olheiro do tráfico e tem poder de comando entre os integrantes da gangue.

Além de envolvimento com o tráfico, o grupo tem aterrorizado moradores dos bairros vizinhos à Vila Olavo Costa.
Quem passa de ônibus pela região também anda apavorado.
A empresa de ônibus que atua na região sudeste registrou 7 apedrejamentos em dois meses.

O pior é que em 30 dias, duas pessoas foram feridas durante a ação dos garotos.
Um trocador da linha Vila Ideal levou uma pedrada no pescoço.
Já uma dona de casa de 52 anos escapou por pouco de ferimentos graves.
A pedra jogada pela gangue bateu no rosto dela e quebrou os óculos.
Ela acredita que se não fosse o acessório teria se ferido muito.

Uma reunião foi feita entre representantes da empresa de ônibus e policiais militares.
O problema foi discutido e a PM revelou que já tentou de tudo por meio de programas sociais e iniciativas para afastar o líder das ruas.
Mas, nada funcionou.
A juíza da Vara da Infância e da Juventude disse que é preciso ter paciência com o garoto, uma vez que ele necessita de tempo para esquecer a rua e perceber que há outro caminho a seguir.


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