Incêndio em hotel no centro de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

A rua Floriano Peixoto ficou fechada por carros do Corpo de Bombeiros nessa madrugada.
Por volta de 5h30, moradores ligaram informando que havia fumaça saindo de um prédio.
No local, os bombeiros constataram que o incêndio foi num hotel, com três andares.
Várias equipes foram deslocadas, para ajudar no combate às chamas.

Onze bombeiros trabalharam por duas horas para controlar a situação.
Eles uniram várias mangueiras para chegar a um hidrante que fica no quarteirão vizinho.
Outro equipamento, na esquina da Floriano Peixoto com a Avenida Rio Branco, ficou de suporte, mas não foi necessário.
As equipes apagaram o fogo e fizeram o rescaldo, para evitar novos focos.

Três cômodos do hotel ficaram destruídos.
Foram a recepção, um quartinho que funcionava como despensa e um quarto.
Móveis, roupas de cama e material de limpeza foram consumidos pelo fogo.
Os bombeiros descartam a possibilidade de curto circuito, já que o hotel estava com a energia elétrica desligada.

Segundo fiscais da prefeitura, o local estava interditado depois de uma operação conjunta entre a fiscalização e a Polícia Militar.
As denúncias eram de que o lugar era usado para prostituição e tráfico de drogas.
Na época da operação, todos os cômodos foram revistados e uma mulher foi presa em flagrante com crack.
Ela escondeu a droga na vagina para tentar escapar dos policiais.

A informação passada aos fiscais foi de que o lacre de interdição foi rompido e o hotel estaria sendo usado.
Os fiscais contaram que um dos motivos do fechamento foram as condições precárias de higiene.
Quem esteve lá hoje ficou surpreso com a bagunça e o mau-cheiro por toda parte.
Um novo lacre de interdição foi colocado.

A perícia da Polícia Civil foi chamada e avaliou o local em busca de pistas da causa do incêndio.
Por sorte não havia ninguém no local.
Se houvesse, era grande a possibilidade de ferimentos e intoxicação por conta do excesso de fumaça.
Aliás, foi o cheiro de queimado que chamou a atenção dos moradores, que logo notaram a fumaça saindo do prédio.
Parte do telhado do hotel também ficou queimada.

Duro é cobrir esse tipo de matéria logo no início do expediente!
Você sai de casa limpo e cheiroso para cumprir o horário e, de cara, fica com cheiro de defumado.
Eu e o Robson já passamos por situações cômicas, se não fossem constrangedoras.
Já saímos de um incêndio direto para uma solenidade na Câmara Municipal, cheia de autoridades.
Claro que passamos um bom tempo tendo que justificar o mau-cheiro.
Isso, sem falar na roupa suja de fuligem e nos narizes pretos de fumaça!