Por Michele Pacheco
Os moradores do bairro Bela Aurora, zona sul de Juiz de Fora, acordaram assustados com uma gritaria.
Eles correram para ver o que tinha ocorrido e encontraram o corpo de uma vizinha, de 41 anos, caído na calçada, a uns 50 metros da casa dela.
A mulher grávida de 3 meses estava morta com uma faca fincada nas costas.
Um morador contou ter ouvido gritos e imaginou que era um cão atacando alguém.
Ele abriu o portão e viu a mulher sendo atacada por um conhecido dele.
O homem estava muito exaltado e custou para ser controlado por essa testemunha e outras pessoas que passavam.
Diante da cena brutal, houve uma tentativa de linchamento.
O assassino conseguiu fugir com um ferimento na cabeça.
Ele foi visto trocando de roupa num supermercado do bairro vizinho, Teixeiras.
A polícia militar fazia rastreamento, recebeu essa informação e agiu rápido.
Dois policiais da 32a Companhia PM pararam um homem com as características passadas por testemunhas e ele confessou o crime.
Uma pena que não conseguimos autorização para gravar com os pms.
Eles mereciam destaque pelo empenho na ocorrência.
Mas, ultimamente a Polícia Militar tem se mantido mais afastada da imprensa.
A informação é sempre que apenas a assessoria de comunicação pode passar dados ou gravar entrevista.
Lamento, porque quem está na rua dando sangue pela comunidade merecia reconhecimento.
Eu e o Robson estávamos a caminho do local do assassinato, quando vimos um homem sendo abordado.
Paramos e confirmamos que era o suspeito do crime.
Gravamos com ele, que disse que a mulher o chamou de macaco, ele reclamou, os dois brigaram, ela bateu na cabeça dele e o pedreiro de 59 anos reagiu com a faca.
Ele tinha um corte na cabeça e estava com uma sacola cheia de roupas sujas de sangue.
Perguntei por que o sujeito fugiu, já que alegava legítima defesa.
Ele negou estar fugindo e perguntei por que parou para trocar de roupa no supermercado.
O homem respondeu na maior tranquilidade que se trocou para ir trabalhar.
Perguntei como ele conseguia agir com tanta naturalidade depois de admitir ter matado uma pessoa e não tive resposta.
O suspeito mora a uns três quarteirões da casa da vítima.
Mesmo assim, os familiares da mulher afirmaram que ela não conhecia o pedreiro, apesar de frequentarem a mesma igreja.
Testemunhas contaram aos policiais que o sujeito foi visto escondido atrás de um poste no alto da rua, bem em frente ao local do assassinato.
O amigo dele contou que andava com medo nos últimos tempos porque o pedreiro vinha pedindo orações e dizendo que o diabo tinha mostrado alguém para ele matar.
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