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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 8 de fevereiro de 2012

Violência contra adolescentes na zona norte de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Fomos ao bairro Vila Esperança II conversar com a família de um adolescente que foi esfaqueado ontem por uma jovem de 18 anos.
O que poderia ser mais um registro de drama familiar, se transformou numa matéria bem maior.
Ouvindo os relatos de parentes e moradores, entendemos que eles se sentem acuados, sem acreditar que as autoridades lembram que eles existem.

A avó do adolescente contou que ele saiu de casa com o irmãozinho de 3 anos no colo para comprar um sanduiche para o menino.
Passou por uns quatro quarteirões até um trailler, no bairro vizinho, Vila Esperança I.
Num beco no caminho, testemunhas viram a jovem tentando impedir a passagem dos dois e ameaçando a vítima.
Houve discussão e ela esfaqueou o Joseph.

Ele foi socorrido e levado para o Hospital de Pronto Socorro, onde passou por cirurgia e está em estado grave.
Decidimos percorrer a pé as ruas do bairro e vimos pelo caminho pessoas assustadas e desconfiadas.
Alguns moradores foram discretos ao nos apontar os "olheiros" do tráfico que nos seguiam por todo lado.
A comunidade já é carente demais e não merecia viver com a sensação de estar numa terra sem lei.

Fomos à casa da jovem e conversamos com a avó dela.
Na minha opinião, é outra vítima.
Idosa, cuida dos bisnetos gêmeos de 4 meses desde que o crime ocorreu e a mãe fugiu do local.
A mulher contou que não sabe o que fazer para evitar as ações da neta.

Bem em frente à casa da suspeita, há uma quadra toda pixada.
Ficamos surpresos com a ousadia dos criminosos que pintaram na parede a mensagem "Proibido PM".
O que leva alguém a agir dessa forma, sem medo de ser delatado e ter que responder pelos próprios atos?
Será a impunidade... a certeza de que crianças e adolescentes podem se envolver com bandidos sem medo de ter que pagar pelos erros... a confiança de que as autoridades vão se afastar de áreas tão perigosas, deixando espaço para o crime?

Eu e o Robson em momento algum fomos abordados de forma grosseira pelos moradores.
Mas, notamos o ar surpreso ao ver jornalistas andando sem preconceito e escolta policial por áreas perigosas.
Sonho com o dia em que essas comunidades vão ter a sensação boa de receber visitantes para mostrar bons projetos, boas ações e belas iniciativas.
Por enquanto, isso tudo está encoberto pelas más ações.

Vazamento de gás provocado por cão em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Os moradores do bairro Vila Ideal, na zona sul de Juiz de Fora,
acordaram assustados hoje, com um cheiro muito forte de gás.
Eles chamaram os bombeiros, que enviaram quatro equipes ao local.
Foi preciso arrombar a porta de um apartamento.
O que o pessoal não podia imaginar era o motivo do vazamento: um cão!/

É isso mesmo.
O dono saiu de casa e deixou o bichinho amarrado na mangueira do botijão de gás na cozinha.
Ele fez estripulias para se soltar e provocou o vazamento.
Parece brincadeira, mas a situação poderia se complicar, já que havia o risco de explosão e intoxicação.
Um caso desse, em geral passa despercebido pelos jornalistas, que nem vão ao local.
Mas, a gente achou tão inusitado que fez questão de registrar.

terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

Violência doméstica contra idosa

Por Michele Pacheco

Hoje, ficamos surpresos com uma cena lamentável.
A gente passava pelo bairro Nossa Senhora das Graças, quando duas viaturas da PM e muitas pessoas na calçada chamaram a nossa atenção.
Paramos para saber o que estava havendo e descobrimos uma idosa de 78 anos chorando.

Ela contou que é espancada com frequência pelo companheiro dentro de casa.
Ela mostrou marcas nas pernas e um ferimento na cabeça.
Disse que apanha muito e que ele fica com toda a pensão que ela recebe.
Perguntei se não pediu ajuda aos parentes e ela respondeu que não tem ninguém a quem pedir socorro.

Os vizinhos estavam revoltados e contaram que todo dia ouvem a mulher pedindo socorro.
Os sons de violência doméstica incomodam há algum tempo.
Eles já chamaram a PM antes, mas a mulher não chegou a prestar queixa, com medo do agressor.
Uma vizinha disse que ele usa pedaços de pau e outros objetos para bater e não deixa ninguém entrar para ajudar a vítima.

Uma sobrinha disse que não aguenta mais essa situação e chamou a PM de novo.
Dessa vez, eles conseguiram tirar a idosa da casa e encaminhar ao hospital para ser atendida e examinada.
A casa é dela e, segundo a mulher, o companheiro se recusa a sair.
Os parentes dele já entraram com pedido na prefeitura para que uma assistente social avalie o caso e encaminhe os dois para um asilo, já que não têm condições de se cuidar sozinhos.

Depois de gravar com a vítima e as testemunhas, entramos no beco à procura do suspeito.
Ele vinha saindo acompanhado pelos policiais.
Parou e gravou com a nossa equipe.
Negou as agressões, disse que a mulher tem problemas mentais e que ele apenas cuida dela.
Perguntei sobre os hematomas e as cicatrizes e ele disse que são das quedas frequentes dela em casa.

Sinceramente é difícil avaliar uma situação como esta.
Os dois pareceram convincentes.
Mas, alguma coisa na reação do idoso de 85 anos me pareceu teatral demais.
As lágrimas não me convenceram.
Não quero ser injusta, afinal ele pode estar falando a verdade, mas tantas pessoas não inventariam a mesma mentira.
Espero que as autoridades acompanhem esse caso, antes que algo mais grave aconteça.

sábado, 4 de fevereiro de 2012

Engavetamento em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

O trecho da avenida Rio Branco conhecido como Garganta do Dilermando é um ponto muito movimentado, já que é o principal acesso à zona nordeste da cidade.
Voltando de viagem de Guidoval, encontramos a pista no sentido Bandeirantes-Centro interditada.
Os carros da PM parados chamaram nossa atenção e fomos ver de perto o que tinha ocorrido.

Três veículos se envolveram num engavetamento.
O motorista do Fiat Uno contou que subia a Garganta, quando o carro perdeu a força e ficou bem lento.
O ônibus urbano que vinha logo atrás não conseguiu parar e bateu no Uno.
Depois do impacto, ele desceu de ré e bateu no Corsa que vinha atrás.

A motorista do Corsa levou um susto, mas não se feriu.
No coletivo também não houve vítimas.
Já no Fiat, o pai do motorista sofreu um impacto forte no pescoço e foi socorrido até o hospital para exames.
A PM acompanhou o caso, registrou a ocorrência e acionou a perícia da Polícia Civil para apurar de quem foi a culpa do engavetamento.

sexta-feira, 3 de fevereiro de 2012

Tentativa de assassinato acaba em perseguição a ambulância do SAMU

Por Michele Pacheco

As equipes do SAMU cumprem o dever de correr contra o tempo para salvar vidas.
A gente só pensa nisso e esquece que, quando a vítima foi alvo de um assassino, esse trabalho de socorro não agrada a quem praticou o crime.
E os profissionaios não têm como saber se estão na mira do bandido.

Hoje, por volta de onze da manhã, uam equipe de plantão recebeu uma chamada de moradores do bairro Santa Rita.
Eles contaram que um homem foi baleado e estava sangrando.
O SAMU correu para lá e socorreu a vítima ainda com vida.
O susto veio à caminho do hospital, quando o motorista da ambulância notou dois homens numa moto perseguindo o veículo.

A PM foi chamada para atender a ocorrência e foi avisada sobre a perseguição.
Os policiais estavam chegando no local e cruzaram com o SAMU.
Ao ver a viatura, os homens na moto fugiram e estão sendo perseguidos.
O que a Polícia Militaar apurou foi que o jovem de 19 anos foi chamado na porta da oficina onde estava por um antigo desafeto.

Ao sair, ela foi baleado, correu pedindo que o sujeito não atirasse e caiu num matagal da rua de baixo.
No local ficaram marcas de sangue e a camisa usada pela vítima.
Os buracos feitos pelas munições estavam bem nítidos.
A polícia acredita que a arma do crime tenha sido um revólver, já que nenhum cartucho foi achado por perto, o que confirmaria ser uma pistola.
A vítima está internada em estado grave no HPS.

Incêndio na loja Marisa de Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Imagine uma rua de pedestres no centro de Juiz de Fora,
considerada o coração comercial e financeiro da cidade.
Agora, coloque 100 mil pessoas passando por ela todos os dias.
Para completar, acrescente fumaça saindo de uma loja de roupas.
Resultado da mistura: tumulto, é claro!

Eu e o Marco Fagundes estávamos voltando para a TV depois de uma matéria e uma amiga me ligou para informar que a loja Marisa estava pegando fogo no calçadão da Rua Halfeld.
A gente estava perto e correu para lá.
Quando chegamos, o movimento de bombeiros e policiais militares era grande.

Os curiosos se aglomeravam em volta da área isolada tentando descobrir o que tinha acontecido, se havia feridos, etc...
Depois de ser abordada por muitas pessoas em busca de informação, consegui chegar aos bombeiros.
O Tenente Acácio Tristão explicou que quando a equipe de combate chegou, havia muita fumaça na loja.

Segundo ele, o fogo começou com um provável curto circuito dentro de uma tubulação.
As chamas foram vistas por funcionários e a loja foi evacuada.
A ação rápida da gerência e da equipe evitou feridos ou intoxicados.
Os bombeiros avaliaram que o problema foi no segundo andar do estabelecimento que ocupa cinco pavimentos do edifício comercial.

Nada foi queimado e, apesar do susto, ninguém se machucou.
Mesmo assim, fiquei pensado no desgosto dos donos e dos funcionários.
A gente fica só um pouco em áreas de incêndio e sai parecendo defumado!
A roupa custa para perder o cheiro de queimado.
Fiquei olhando para todas aquelas araras, com roupas de todos os estilos, e não deu para não imaginar como eles vão fazer para vender aquele material "perfumado".
Alguma lavanderia vai lucrar e muito por aqui!

segunda-feira, 30 de janeiro de 2012

Temporal causa inundação e desabamento em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Pessoal, estamos sumidos porque as férias têm nos ocupado por demais!
E nesses poucos momentos que nos restam de folga, já fomos obrigados a lembrar como é conviver com tanta chuva.
Passamos o domingo na casa da minha sogra, no bairro Bom Jardim, e na hora de ir embora tivemos que driblar os pontos de alagamento na rua Diva Garcia.

Achamos que não iria piorar, mas piorou.
A Paula, filha do Robson, ligou contando que o nível da água tinha subido ainda mais e que o trânsito estava complicado perto da Igreja Católica do bairro Linhares.
Como boa filha de jornalista, ela pegou o celular e correu para a janela, fazendo ótimas fotos.

Nos cruzamentos da Diva Garcia com as ruas próximas à igreja,
a uma escola e ao posto policial o asfalto sumiu na enxurrada e os motoristas tiveram dificuldades para superar a enchente.
Nenhuma novidade para quem mora há anos no local e já se acostumou a ver obras públicas durante o ano e promessas de solução irem por água abaixo no verão.

Entra governo, sai governo e a situação só piora.
Tem gente que gasta uma nota construindo barreiras para impedir que a água entre nas casas e ainda passa os meses chuvosos colocando os móveis para cima, porque o Córrego do Yung transbordou de novo.
Ele foi ficando mais estreito ao longo dos anos, empurrado por construções que não deveriam ter sido permitidas e que agora vão causar dor de cabeça para ser removidas.

É por isso que o Robson Rocha me convenceu a tirar férias sempre em janeiro.
Estamos cansados de ver a tristeza e a tragédia das pessoas que moram em áreas de risco e sofrem com a época da chuva.
Resolvemos fugir do tempo ruim indo para as praias do norte fluminense e do Espírito Santo por uma semana e encontramos pelo caminho os rastros da destruição em Muriaé e região.

Passando por Itaperuna, conseguimos cruzar o centro que tinha ficado inundado poucos dias antes.
Mas, para onde olhávamos ainda havia ruas cobertas de lama e algumas até cheias de água.
Os moradores já se acostumaram com isso, mas ainda assim é triste ver tantos prejuízos.
Depois de acompanhar pelos noticiários, vimos de perto os estragos e o que sobrou das casas alagadas.

Com a cratera aberta em Campos, tivemos que usar um caminho alternativo, passando por Bom Jesus do Itabapoana.
Um trajeto mais longo, mas que valeu a pena.
A paisagem é linda e passamos por alguns lugarejos que parecem tirados de fotos antigas.
Pessoas tranquilas, que viram o tempo passar e continuaram vivendo como os pais viviam.
Registro obrigatório!

Ficamos uma semana na casa da minha sogra, em Sossego, praia de São Francisco do Itabapoana.
Tudo bem que os dois primeiros dias foram de chuvisco e tempo fechado.
Mas até que deu para curtir a praia.
Aproveitamos um dia para matar as saudades da Lagoa do Siri, no Espírito Santo.
Adoramos!

Na volta para casa, mais chuva!
Eu, Robson e Paula deixamos a Olívia sendo paparicada pela minha mãe em Três Rios e fomos visitar os museus de Petrópolis.
Na véspera, muito sol; no dia, tempo fechado de novo!
Passeamos bastante, de olho nas nuvens carregadas.

De volta a Três Rios, vimos as nuvens negras se aglomerando e enfrentamos um temporal na BR 040.
Quem pretendia passar pela BR 116, rumo a Sapucaia deve ter tido mais problemas, já que a chuva foi naquela direção.
O tempo melhorou, mas as quedas de barreira estavam de novo no nosso caminho.

Nesse restinho de férias, depois de cada passeio fomos recebidos com chuva em Juiz de Fora.
A previsão de que este verão seria mais "molhado" do que nos últimos cinco anos parece estar se confirmando.
Já sei o que nos espera nesse retorno: estragos e sofrimento.
Segundo a Defesa Civil, de sexta-feira, 27 de janeiro, até hoje foram 79 registros de problemas.

A maioria dos casos foi de escorregamento de terra.
Mas, fontes nossas ligaram durante a noite para avisar que a BR 267 foi interditada no bairro Jardim Esperança, porque a pista ficou inundada.
No Parque Guarani, a laje de uma casa desabou e o imóvel foi interditado pela Defesa Civil.
E hoje o tempo fechou de novo!

sábado, 31 de dezembro de 2011

Reveillon com samba em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

A festa da virada já começou em Juiz de Fora.
Às onze da manhã, quem estava no centro da cidade viu os músicos tomando seus lugares e dando início à festa com muito samba.
O palco foi montado num lugar de acesso fácil, o calçadão da rua Halfeld, esquina com rua Batista de Oliveira.

Encontramos por lá alguns colegas da imprensa.
Nessas festas, a gente sempre mata as saudades do pessoal que está de prontidão.
O Fernando Priamo, da Tribuna de Minas, é o que se pode chamar de um cara prevenido.
Como sabia que a multidão poderia dificultar as fotos que precisava tirar, ele levou um acessório no mínimo curioso.

No meio do calçadão, ele atraía olhares curiosos.
Pendurada no ombro ou montada na rua, a escada que ele carregava como se fosse um tesouro chamou atenção.
Sem qualquer medo de pagar mico ou vir parar aqui no blog, ele riu e fez pose para a câmera do Robson.
Flagrante de trabalho jornalístico e dos "jeitinhos" que cada um dá para conseguir boas imagens.

E vocês acham que só o povo da imagem tem que se virar?
O que me dizem então do Maurício Oliveira, da Rádio Solar?
Com o som muito alto, ele não tinha como fazer os flashes perto do palco e teve que caçar um local seguro e com boa visão do local da festa.
A cadeira do engraxate pareceu um presente de fim de ano, com espaço para o capacete, as anotações e tudo o mais.

Os bastidores do jornalismo quase sempre são divertidos e imprevisíveis.
As histórias são tão ou mais marcantes do que as que aparecem nos telejornais, jornais impressos e etc.
E, muitas vezes, é das gafes e das brincadeiras que a gente lembra com mais facilidade.
Eu e o Robson Rocha nos divertimos registrando todos os momentos.

É uma forma de imortalizar o que se passou e render muita coisa para contar aos netos.
Que em 2012, a gente possa aumentar ainda mais a bagagem profissional, conhecer pessoas tão especiais quanto as que conhecemos em 2011 e tentar fazer diferença com o nosso trabalho.
É o nosso dever.
Se temos as ferramentas certas nas mãos, temos que usar.
Feliz 2012 para todo mundo!

quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Acidente BR 116 mata 4 pessoas

Por Michele Pacheco

Por que nessa época do ano tantas famílias passam por momentos de tristeza e perdem para o trânsito pessoas queridas?
Hoje, fomos a Além Paraíba registrar mais uma tragédia familiar de fim de ano. 
Quatro pessoas morreram quando o Siena em que viajavam foi parar debaixo de um caminhão baú. 
Entre elas, uma mulher de 36 anos, o marido de 44 e o filho deles, de 5 anos.

A suspeita da Polícia Rodoviária Federal é de que o motorista, de 42 anos, tenha dormido ao volante ou passado mal. 
Depois de uma curva no km 810, ele seguiu reto na contramão e bateu de frente no veículo maior. 
O caminhoneiro ainda tentou impedir o acidente, desviou para o acostamento, mas não adiantou.

O Siena ficou apenas com o porta malas para fora. 
Durante a manhã, um guincho foi usado para retirar o veículo e permitir a remoção dos corpos. 
Alguns detalhes chamaram a atenção da PRF. 
Uma delas é que um dos passageiros estava sem o cinto de segurança e a criança estava numa cadeirinha solta no banco traseiro.

Além disso, havia tanta bagagem que as malas e pacotes estavam tanto no porta malas quanto entre os ocupantes do veículo. 
Segundo a polícia, isso piorou a situação das vítimas na hora do impacto. 
Os objetos foram arremessados em cima de quem estava na frente. 
E dificultaram o socorro.

O Inspetor José Márcio Gomes, da PRF, disse que os acidentes com nordestinos são cada vez mais comuns na BR 116. 
Entre Além Paraíba e Laranjal, em 24h foram 4 registros de acidentes. 
Três deles foram com nordestinos que iam de São Paulo para a terra natal. 
“Eles saem de madrugada, em geral não param para descansar porque a viagem é muito longa. 
Muitos não resistem ao esgotamento físico e dormem. 
Outros ficam com os reflexos mais lentos” explica o policial.

É triste pensar que aquelas pessoas tenham deixado seus estados em busca de uma vida melhor em SP.
Tenham trabalhado duro o ano inteiro para juntar dinheiro, comprar um monte de presentes e voltar à terra natal para ajudar quem ficou para trás. 
E todos os sonhos foram esmagados debaixo de um caminhão.

O fim de ano também foi triste para o caminhoneiro. 
Um senhor, prestes a se aposentar. 
Ele estava tão abalado, que mal conseguia falar direito. 
Explicou que fez a curva e viu o carro seguindo pela contramão. 
A reação imediata foi desviar para o acostamento na esperança de impedir a batida. 
Foi em vão.

A violência do impacto foi tão grande que a cabine acabou empurrada para trás, amassando e rasgando a lateral do baú. 
Só podemos torcer para que as famílias das vítimas encontrem forças para guardar as boas lembranças e superar a dor da perda.