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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 19 de março de 2008

Sol, calor e poeira - O jornalismo suando a camisa

Por Robson Rocha

Toda a imprensa de Juiz de Fora vem mostrando nos últimos dias, o drama vivido pelas famílias no bairro Santa Teresa e as casas que lentamente estão cedendo.
Para nós, não é nada agradável ver o sofrimento no olhar das pessoas. São anos, às vezes uma vida, de trabalho que estão sendo perdidos.

Mas, para fazer essas coberturas, a galera da imprensa também sofre com as dificuldades para trabalhar. Nesses dias, nosso pior inimigo foi o sol.
O cara pegou pesado! Ontem, por exemplo, cheguei em casa, tirei a roupa e fui em direção à furadinha. Furadinha é a ducha, tá? Mas, continuando, quando passei em frente ao espelho levei o maior susto. Eu queimei tanto que parecia que estava com uma camisa branca com dois mamilos desenhados! E juntando com o barrigão, estava bem no estilo conhecido como “charme de caminhoneiro”. Bem que minha filha falou que tenho que emagrecer!

Hoje, o calor continuou. Tivemos que voltar ao local, pois as casas estavam começando a ser demolidas. Na boa, minha vontade era de ficar dentro do carro com o ar-condicionado ligado, mas tinha que trabalhar.
Descemos e quando começaram a derrubar as casas, levantou um poeirão que era difícil até respirar. Tentei mudar de posição, mas lembram-se da lei de Murphy? Pois é, parece sacanagem, mas ele mudava de lado.
E a dupla sol e poeira nos castigou.

Enquanto isso, o Sérgio Rocha estava preocupado com retroescavadeira usada na demolição. E com razão. Com o peso e o esforço, o terreno estava rachando e cedendo, mas o camarada que pilotava a máquina gosta de emoções fortes e ia avançando. Ele chegou a subir na laje de uma das casas condenadas. E aí o Sérgio gritava pra máquina parar de avançar, olhava para o outro lado os curiosos indo para a área isolada e gritava de novo.
A preocupação dele era tanta, que quando foi gravar entrevista pedimos a ele que tirasse os óculos, pois ele nem notou que só havia poeira neles. Aliás, não sei como ele ainda teve voz para gravar a entrevista.

Falando em entrevista, o Zilvan, da assessoria de imprensa da prefeitura sofreu dobrado. Um pra administrar a imprensa e dois por estar com pouca cobertura para proteger do sol. Brincadeira!

Quando o pessoal deu uma paradinha, deu para tirar uma foto de parte da galera da imprensa que estava lá. E dá pra avaliar o que passamos.
A rua não está caindo, nem o Bruno que é baixinho. O Fernando Priamo, repórter fotográfico da Tribuna de Minas é que não teve forças nem para nivelar a câmera.
Fernando, você prometeu me enviar outra foto, como não enviou estou destruindo sua reputação, mas tinha que postar a foto.

Pra que eu não ficasse triste, tinha gente sofrendo mais que eu com o calor. O Bruno Sakauê gravou passagem no sol e com o paletó preto. Oh dó!!! O japa suou igual tampa de chaleira. E olhe que transpirar não era uma boa, pois a maquiagem dele e da Michele tinha mais era poeira!
Agora, é esperar mais poeira na parte debaixo e, falando sério, torcer para que as famílias consigam ser indenizadas para continuarem com suas vidas. Mesmo sabendo que nunca nem mesmo nós da imprensa esqueceremos o sofrimento delas.

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