Por Michele Pacheco
O céu começou a escurecer por volta de duas da tarde.
Estávamos saindo do bairro Santa Luzia, na zona sul de Juiz de Fora, onde fizemos uma matéria de reclamação de moradores sobre um terreno cheio de mato e lixo.
O Robson achou um local seguro, parou, fez imagens do tempo fechado e colocou a câmara na frente conosco, quando o temporal começou.
Mal dava para enxergar o trânsito.
No bairro São Mateus, a rua que tem o mesmo nome ficou com água acumulada em vários pontos.
O tráfego ficou lento.
Alguns motoristas se arriscaram na enxurrada.
Na rua Moraes e Castro, mais alagamentos.
No início, algumas pessoas ficaram desconfiadas.
Mas, quando o primeiro carro conseguiu passar, todo mundo foi atrás.
Quem estava na calçada, como o Robson, acabou enxarcado, já que os veículos passavam à toda para não deixar o motor parar.
Nem preciso dizer que meu querido marido desfiou uma lista bem nutrida de palavrões.
Ele voltou para o carro molhado e sujo de lama.
E com uma cara...
Ainda no bairro São Mateus, perto do Hospital e Maternidade Terezinha de Jesus, uma enxurrada descia com vontade dos bairros mais altos, como o Dom Bosco. No trecho da obra do Independência Shopping, a força da água arrastou lama e pedras, deixando o trânsito perigoso.
No bairro Poço Rico, a área mais baixa também teve alagamento. Os motoristas esperaram um pouco o volume de água baixar e trataram de passar. A informação passada para a TV era de que os veículos estavam com água chegando no vidro. Felizmente, desta vez não foi tão grave. Mas, o local já tem tradição com enchentes. Basta chover um pouco mais forte para que as bocas de lobo não consigam dar conta do aguaceiro e a inundação aconteça. Os moradores vivem procurando estratégias para driblar a força da água. Alguns construíram barreiras na entrada de casa, outros subiram a altura da calçada... O poder público alega que a única solução é refazer toda a rede de captação de água da chuva, porque a que existe é muito antiga, do tempo em que não havia tantas moradias no bairro.
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