Por Michele Pacheco
Dentro das celebrações do Dia de São Cristóvão, comemorado nesta sexta-feira, dia 25 de julho, foi realizada uma missa hoje na Igreja que leva o nome do santo e fica no bairro Centenário, zona leste de Juiz de Fora.
Logo que chegamos, notamos que o tapete vermelho que leva ao altar estava coberto com cartazes simbolizando os dez mandamentos do trânsito seguro.
Apesar de recomendações diferentes, eles tinham a mesma mensagem implícita: todos somos responsáveis por reduzir o índice de acidentes!
São Cristóvão é considerado o protetor dos viajantes e dos motoristas.
Segundo a Igreja Católica, Réprobo nasceu na Palestina e foi um guerreiro forte e vitorioso. Cansado de servir aos reis, ele entrou para uma instituição de caridade e passou a ajudar os viajantes. Como era um homem muito alto, ficava dia e noite às margens de um rio onde já havia morrido muita gente. O objetivo era ajudar na travessia das caravanas, levando os peregrinos nos ombros de uma margem à outra. Um dia, quando foi transportar um menino, Jesus se revelou e disse que Réprobo passaria a se chamar Cristóvão, que significa carregador de Cristo.
Os católicos contam que Cristóvão sempre buscou servir ao rei mais poderoso e, ao descobrir quem era esse Rei, passou a peregrinar e pregar o Catolicismo.
Enquanto ensinava a palavra de Cristo, despertou a ira dos poderosos.
Ele foi perseguido, flagelado, golpeado com flechas, jogado no fogo e decapitado a mando do Imperador Décio.
A fé no protetor dos viajantes se espalhou pelo mundo.
Com tantos acidentes e tanta violência no trânsito, o número de devotos cresce a cada dia no Brasil.
Treze pessoas morreram.
No mesmo período do ano passado, foram 2838 feridos e 30 mortos.
Apesar da redução, a dor de quem perdeu alguém querido não passa.
Em 91, o irmão dela passava pela BR 040, na zona norte de Juiz de Fora, quando um motorista invadiu a contra-mão e bateu de frente no carro dele. Os dois motoristas morreram.
A Sueli conta que o homem que causou a tragédia passou mal, segundo apurações dos policiais.
O irmão dela era policial rodoviário federal e estava a caminho do trabalho.
Ela sabe que não foi um caso de imprudência, mas diz que a dor ainda é intensa.
"Sei que o motorista não matou meu irmão numa manobra proibida, por estar embriagado ou por estar em alta velocidade. Ele passou mal e causou a tragédia.
Mesmo assim, ainda hoje é difícil de aceitar.
Dói muito! A gente nunca esquece." revelou ela, emocionada ao lembrar da história. Sueli foi à missa pedir proteção para ela e toda a família e para rezar pelas vítimas do trânsito.
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