Da Gazeta de São João Del Rei
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O número de assassinatos em São João del Rei e Santa Cruz de Minas registrados entre os meses de janeiro e de novembro de 2008 é 61,1% menor do que o contabilizado em todo ano de 2007.
A informação é do comandante geral do 38º Batalhão de Polícia Militar, tenente-coronel Milton de Oliveira Costa. De acordo com o oficial, no ano passado, foram registrados 18 homicídios de janeiro a dezembro. Em 2008, sem contabilizar os crimes que foram registrados neste mês, foram sete assassinatos.
"Se for levado em conta o número de homicídios que foram contabilizados em São João del Rei em 2005, ano de implantação do batalhão, a queda é ainda maior. Em 2005, tivemos 33 homicídios. Isso representa uma queda de 78,78% dos assassinatos nas duas cidades, em relação a este ano. É bom lembrar que o homicídio era o crime que mais incomodava a população", ressaltou.
Os atentados também diminuíram. Em 2005, foram registradas 90 tentativas de homicídio. Em 2007, 55. Este ano, até agora, foram 26. "Essa também é uma conquista importante. Se levarmos em conta 2005, temos uma queda de 71,11%. Em relação ao ano passado, tivemos uma diminuição de 52,72%. Estamos conseguindo reverter a criminalidade violenta em São João del Rei", afirmou.
O índice de criminalidade violenta (ICV), que inclui outros crimes violentos como assalto, estupro, por exemplo, também está em queda nos dois municípios. De 2007 para 2008, o ICV caiu de 2,81 para 1,23 em São João del Rei, o que representa uma queda de 52,31%.
Em Santa Cruz, a queda foi maior, 52,63%, reduzindo de 1,9, em 2007, para 0,83 esse ano.
Para o comandante, há várias explicações para a redução da violência nas duas cidades.
Além do aumento de investimentos do Governo de Minas que ampliou o efetivo, melhorou a frota e investiu na promoção de cursos de qualificação e treinamento da tropa, outra justificativa foi ampliação das operações realizadas pelo batalhão e a integração com outras forças de segurança pública como a Polícia Civil.
"Também estamos contando com o apoio de outros órgãos como a Justiça e o Ministério Público.
Muitos crimes são fruto de problemas sociais que precisam da integração de toda a sociedade", explicou.
A mudança de postura também foi fundamental para explicar a redução da violência.
"Passamos a atuar de outra forma.
Priorizamos a prevenção. Quando agimos na repressão, nossas ações são planejadas e visam atingir objetivos", disse o Tenente-Coronel.
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