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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 30 de setembro de 2009

Acidente entre dois ônibus e um caminhão fere 7 pessoas em Minas

Por Michele Pacheco

O acidente foi por volta de cinco e meia da tarde de hoje, no bairro Jóquei Clube, zona norte de Juiz de Fora.
O trânsito ficou lento na Avenida JK, um dos principais acessos à cidade da Zona da Mata Mineira.
Os veículos foram desviados por ruas do bairro.

Dois ônibus da mesma empresa, a Viação São Francisco, bateram quando passavam pelo trevo do bairro Jóquei Clube.
O motorista de um caminhão contou aos policiais que estava saindo de uma marmoraria e o condutor de um ônibus da linha 733, que seguia no sentido bairro Santa Cruz-Centro, parou para que o caminhoneiro terminasse a manobra.
O motorista do outro ônibus, da linha 748, também do bairro Santa Cruz, não teria conseguido parar e acabou batendo na traseira do primeiro.

A versão dos motoristas dos coletivos é diferente.
O condutor do veículo da linha 733 disse que estava entrando no trevo, quando o caminhoneiro deu ré para sair da marmoraria e invadiu a pista sem qualquer aviso.
Ele conseguiu frear, mas o colega de empresa não teve tempo para isso e bateu na traseira do ônibus.
O coletivo da linha 748 teve a frente destruída e precisou ser empurrado para liberar a pista.
Cada coletivo levava 50 passageiros.
Sete pessoas ficaram feridas e foram socorridas pelo Resgate dos Bombeiros e pelo SAMU.
Todos foram para o Hospital de Pronto Socorro.
A Polícia Militar registrou ocorrência e enviou à Polícia Civil.
Agora, é esperar a conclusão das investigações de trânsito para saber qual versão apresentada é a verdadeira.
O caminhão é de Cardoso Moreira-RJ.

terça-feira, 29 de setembro de 2009

Treinamento do Exército em Minas - Exercícios com helicópteros

Por Michele Pacheco

Acompanhamos hoje o treinamento da EsAO, Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais do Exército Brasileiro.
Foi na zona rural, às margens da BR 267, entre Juiz de Fora e Lima Duarte.
520 militares que fazem o curso participaram da atividade.
Os exercícios começaram no dia 28 de setembro e terminam dia 02 de outubro.

A EsAO é uma escola de ensino militar que pertence ao Exército, de nível mestrado em Operações Militares.
Conhecida como "Casa do Capitão", ela foi fundada em 1920, pela missão francesa chefiada pelo General Gamelin.
O curso dura dois anos e habilita os capitães do Exército Brasileiro a exercer funções de comandantes e membros do Estado-Maior das unidades de Força Terrestre.

Essa foi a segunda vez que acompanhamos as ações em Minas.
Seguimos o pessoal morro acima.
A trilha é estreita.
Nem preciso dizer que alguém estabanado como eu tem que tomar cuidado dobrado para não se distrair conversando e voltar ao "ponto zero" despencando morro abaixo.
O Robson mostrou preparo físico.
Nem bufou!
E olhe que ele levava no ombro a câmera que pesa uns onze quilos.

O Adler, que conhecemos no treinamento do ano passado, estava em situação pior!
Ele ajudou a levar o equipamento da equipe da TV Panorama e subiu o morro com um tripé nas costas.
Registramos o esforço para mostrar à mulher dele, que também é jornalista, o trabalho que nossa profissão dá aos militares responsáveis pelo contato com a imprensa.

Diga-se de passagem, temos que elogiar a equipe da comunicação.
Sempre solícitos, o Capitão André e todos os militares nos passaram as informações necessárias, responderam às nossas perguntas com paciência, nos mostraram os melhores lugares para registrar o treinamento e ainda se mostraram gratos pela nossa presença.
Imagine!
Nós é que temos que agradecer por essa abertura tão bem recebida pelo público.
Todo mundo gosta de ver imagens de ação.

No alto da colina transformada em Base Militar, encontramos outro militar que conhecemos no ano passado, o Costa.
Compenetrado e muito atencioso, ele estava mais uma vez responsável pelas fotos do treinamento e da presença da imprensa.
Entre um registro e outro, lembramos das histórias do ano passado.
O texto do treinamento de 2008 está aqui no blog, com fotos muito legais.
O texto é o de número 331- Treinamento do Exército em Lima Duarte.

Voltando ao exercício deste ano, os militares foram divididos em grupos.
Cada um tinha uma meta a cumprir e deveria planejar a estratégia de defesa de áreas de interesse nacional que estavam sendo atacadas por tropas inimigas.
O Coronel Daniel Vieira Peres, Chefe da Divisão de Ensino explicou que a simulação era de invasão de tropa inimiga numa área de importância nacional.
O terreno escolhido para a ação foi um terreno com obstáculo natural, no caso, um rio.

A idéia era criar estratégias de retardamento.
Os alunos do curso tinham que pensar em formas de atrasar o avanço dos invasores, para que as cidades estratégicas no caminho se reforçassem na defesa.
Para isso, os grupos tinham que avaliar quais as melhores formas de agir e como surpreender o inimigo.

O General de Brigada José Alberto da Costa Abreu, Comandante da Escola de Aperfeiçoamento de Oficiais, disse que o treinamento em Minas marca o fim do curso.
A área em Lima Duarte permite uma série de atividades.
Ele lembrou que a preparação dá aos militares participantes a capacidade de atuar em situações críticas, com poder de decisão e de criar estratégias.

Além da nossa equipe, estavam por lá o Sérgio Rodrigues e o Moisés Vale, da TV Panorama.
O Moisés registrou os militares reunidos, enquanto o Serginho ia de um lado ao outro escrevendo o texto.
Ele estava preocupado com a hora.
Se houvesse atraso no treinamento com helicópteros, os dois teriam que voltar para Juiz de Fora, pois ele apresenta o jornal da noite.

Entre os alunos do curso da EsAO, estavam militares estrangeiros.
O primeiro com quem conversamos foi um chileno simpático.
O Capitão Patrício Villalon, do Chile, contou que o Brasil foi o país escolhido para o treinamento, pois as duas nações têm uma parceria de intercâmbio militar.
Ele falou ainda das diferenças nos exercícios dos dois países.
No Chile, eles têm basicamente dois tipos de relevo: o deserto no norte e as montanhas da Cordilheira dos Andes.
Além disso, o clima é mais frio.
Já no Brasil, eles treinam em temperaturas bem mais elevadas e em terrenos de todo tipo.

Outro entrevistado foi o Capitão Danilo Godoy, do Equador.
Ele também enumerou as diferenças nos treinamentos militares dos dois países e exaltou a competência dos brasileiros na elaboração de atividades e estratégias.
O capitão falou que o Brasil é rico em áreas para treinamento e que eles tinham aprendido a agir em várias delas.

Não são só os estrangeiros que disputam uma vaga na EsAO.
O Capitão Alvaro Studart, de Fortaleza, falou da importância desse curso na vida dos militares de carreira.
Ele lembrou que quem conclui o treinamento está apto a comandar e a participar de decisões importantes durante os conflitos.

Entre as mulheres, reencontramos a Capitão Cristina Wernek, com quem gravamos no ano passado.
Ela confirma que, cada vez mais, a mulher é bem recebida nas Forças Armadas.
A Cristina é instrutora.
Calma, ela mostra que não é preciso voz grossa ou gritos para comandar.
Basta ter autoridade e saber usá-la, independentemente do sexo.

A equipe da TVE Juiz de Fora chegou pouco antes do início das ações pelo ar.
O Gilberto aproveitou para registrar imagens dos militares reunidos e trabalhando na estratégia.
No início, ficou meio perdido com tanta gente.
Depois, entendeu como funciona o treinamento e relaxou.

Quando as estratégias são definidas, os militares pedem apoio aéreo.
É aí que os helicópteros entram em ação.
Os instrutores simulam uma comunicação via rádio com a equipe do ar.
As aeronaves saíram de Juiz de Fora rumo a Lima Duarte para reforçar a ação de retardamento do inimigo.

Como no ano passado, os pilotos primeiro fizeram o reconhecimento da área de ataque.
Nesse momento, a gente fica ansioso para enxergar de onde eles estão vindo.
Aos poucos, o sossego da zona rural é quebrado pelo barulho dos helicópteros.
Mesmo tendo feito diversas matérias com militares, confesso que prefiro as ações que têm participações aéreas.
Rendem boas imagens e são sempre mais interessantes.

Duro é para os cinegrafistas.
Eles ficam invariavelmente com torcicolo.
Imagine ter que equilibrar a câmera no ombro e ainda se contorcer para registrar os melhores ângulos dos helicópteros em movimento sobre nossas cabeças.
Haja pescoço!

O Robson já sabia de que lado as aeronaves vinham, pois foi da mesma direção do ano passado, e se posicionou em local que facilitasse o registro do "ataque" e da retirada.
Mesmo assim, não dá para se distrair.
Ele alertou os outros cinegrafistas quanto à vinda das equipes aéreas.
Os pilotos são muito ágeis e precisos.
Eles chegam, atacam e partem.
Numa batalha de verdade, essa estratégia pode manter a vida da equipe.

Os "alvos" definidos pelos militares são representados por marcações nos morros vizinhos à Base.
Quando os helicópteros atacam, militares em terra liberam fumaça, que simboliza o alvo atingido.
Nesse treinamento, eles não usam armamentos reais.
Apenas simulam as ações.
O importante é que todos têm consciência de que um trabalho bem feito nos exercícios militares pode fazer diferença numa guerra de verdade.

A única coisa que lamento é que os carrapatos estão tão atentos às estratégias militares, que a cada ano se tornam mais precisos.
Em 2008, eu encontrei apenas dois desses monstros sanguinários devorando meu sangue.
Tudo bem que fiquei com calombos por algumas semanas.
Hoje, notei uma agressividade maior neles.
Já retirei sete carrapatos.
Alguns kamikases atacaram em local visível, sabendo que seriam mortos num instante.
Outros, são mais astutos e estão escondidos, deixando apenas um rastro de calombos pelo caminho!

segunda-feira, 28 de setembro de 2009

Polícia Federal apreende 20kg de cloridrato de cocaína

Por Michele Pacheco

A Polícia Federal vem realizando uma série de operações de combate às drogas entre a Zona da Mata Mineira e o Sul de Minas.
O resultado tem sido positivo.
Informações conseguidas nas ações levaram à prisão de um casal do Mato Grosso do Sul na noite desse domingo.
O homem, de 31 anos, foi para o Ceresp, Centro de Remanejamento em Segurança Pública, e a mulher, de 27 anos, foi para a ala feminina da Penitenciária Arioswaldo Campos Pires.
Eles traziam 20 kg de cloridrato de cocaína.

A droga estava embalada em tabletes e amarrada com cordas.
O material renderia o dobro da quantidade quando fosse misturado a outras substâncias.
A Polícia Federal apurou que, depois da mistura, a cocaína seria distribuída na Zona da Mata.
Os policiais estão apurando quem receberia o produto.
O entorpecente saiu de Ponta Porã, no Mato Grosso do Sul, com destino a Juiz de Fora.
Essa rota é uma das mais usadas pelos traficantes que atuam em Minas.

O que chamou a atenção dos policiais foi a engenhosidade dos traficantes.
Eles adaptaram o chassi de um Mercedes Classe A para esconder a droga.
Na delegacia da Polícia Federal, em Juiz de Fora, o carro teve a lateral desmontada e a lataria cortada.
Dois buracos foram abertos para a retirada da droga.

O caso foi uma boa oportunidade de colocar a conversa em dia com o pessoal da imprensa.
Encontramos equipes da Rádio Globo, TVE, Diário Regional, Tribuna de Minas, TV Panorama e Jornal JF Hoje.
Batemos um bom papo antes de começar a coletiva.
Depois, os fotógrafos e cinegrafistas se desdobraram para registrar imagens do veículo.

Foi engraçado ver os meninos se revezando nas posições mais estranhas para fazer imagens dos buracos na lataria do carro.
Parecia uma coreografia desengonçada.
De pé, agachado, contorcido...
Valia tudo para não atrapalhar os colegas e conseguir a imagem.

Fora os comentários gerais quanto ao carro escolhido pelos traficantes.
Não é qualquer um que tem condições de comprar um Mercedes Classe A, cortar o chassi e encher de droga.
Ainda que o veículo não tivesse sido apreendido, o estrago era irreversível.
Mas, chegamos à conclusão de que um carro caro como aquele passaria mais despercebido nas blitzem pelo caminho.
Não funcionou, graças à competência de sempre da Polícia Federal.

sábado, 26 de setembro de 2009

I Workshop de Jornalismo da TV Alterosa Zona da Mata e Vertentes

Por Michele Pacheco

A Editora Responsável pelo Jornal da Alterosa Edição Reginonal, Elisângela Baptista, tem dado bons motivos para comemorarmos.
O primeiro foi a mudança na linha do nosso jornal.
Antes dela, estávamos nos distanciando cada vez mais do estilo que tanto sucesso fez na TV Alterosa: um jornalismo de prestação de serviços, de preocupação social e voltado para os assuntos que preocupam diretamente o nosso público.
O resultado veio em números.
Como ela divulgou nesta semana à equipe, uma pesquisa feita no início do ano mostrou que nossa audiência dobrou em poucos meses de mudança.

Ela conseguiu também outro feito importante.
Uniu o departamento em torno de um objetivo comum: fazer um jornal ágil e que desperte discussões em torno de temas polêmicos.
Nossa motivação para trabalhar aumentou bastante.
E, para completar, a Lili ainda encontrou tempo para mobilizar os funcionários da empresa em torno de aprender mais sobre assuntos com os quais lidamos diariamente.
O I Workshop de Jornalismo é um exemplo.

O tema escolhido para esse primeiro encontro foi o Direito.
Afinal, vivemos numa época em que tudo é motivo para se pedir indenizações.
A empresa veicula uma imagem de um flagrante de crime, o suspeito é preso e ainda assim processa a imprensa.
O jornalista que estiver bem informado sobre o que pode e o que não pode gerar perdas em processos por indenizações, pode se resguardar e evitar prejuízos para a empresa onde trabalha.

O convidado para o Workshop foi o advogado Valério Ribeiro, da OAB de Juiz de Fora.
Ele lembrou a história do Direito Civil e foi traçando as mudanças até hoje.
Foi muito interessante.
O Valério é professor e tem um jeito especial de prender a atenção do grupo.

Quando ele acabou a apresentação dele, começaram as perguntas.
E foram muitas!
Quais as complicações legais de usar a câmera escondida?
Como funciona o direito de imagem?
Podemos usar imagens flagrantes, quando a pessoa flagrada não autorizar?
Em que tipo de casos a empresa pode perder um processo por indenização?
O tempo verbal no condicional para evitar acusar no texto funciona?

Enfim, as dúvidas são muitas e aproveitamos para perguntar bastante.
Foram convidados jornalistas de empresas parceiras da TV Alterosa na região.
Ficamos muito felizes com a presença dos colegas da TV Atividade, de Muriaé.
O grupo veio animado e participou ativamente do debate.

Foram duas horas de workshop, mas pareceram apenas dois minutos.
Todo mundo ficou com aquele gostinho de quero mais. e queremos mesmo. estamos esperando ansiosos pelo próximo evento.
Tomara que a Lili consiga transformar esse evento em rotina na TV Alterosa e que cada vez mais nossos parceiros da região venham dividir conosco as informações importantes para a nossa profissão.