Por Michele Pacheco
A segunda-feira foi marcada por mortes e acidentes em Juiz de Fora.
Pela manhã, por volta das nove horas, o motorista de um caminhão perdeu o controle da direção e o veículo capotou.
Ele morreu no local.
O caminhoneiro estava descendo a BR 267, chegando ao trevo da zona norte, conhecido como trevo para Caxambu, no bairro Santa Lúcia.
Encontramos os bombeiros em outro acidente, na parte da tarde e eles confirmaram que o dia estava corrido.
Além de várias batidas e atropelamentos, a chuva forte deixou vários veículos com defeito em locais perigosos, exigindo trabalho dobrado das polícias de trânsito e dos bombeiros.
Com os alagamentos, os bombeiros tiveram que buscar rotas alternativas para deixar a zona norte e seguir para a área central, onde estão concentrados os principais hospitais.
Os caminhos encontrados aumentaram muito o trajeto, complicando os atendimentos médicos.
Para piorar, os acidentes foram pipocando em pontos distantes da cidade.
O pessoal do SAMU também teve muito trabalho.
Durante a tarde, muitas ocorrências ficaram pendentes, porque não havia ambulâncias suficientes para atender a todos os casos.
Tanto o SAMU quanto os bombeiros estavam com todas as equipes empenhadas em atendimentos de rotina e de acidentes.
O caso mais grave que acompanhamos foi no bairro Bandeirantes, zona nordeste da cidade.
Na hora da chuva forte, a motorista de uma Pick-up subia a Serra do Grama, quando perdeu o controle da direção.
A motorista contou aos policiais militares que não conseguiu controlar a caminhonete, rodou na pista, bateu e atropelou um motociclista que vinha no sentido contrário.
Uma das pistas da Serra ficou interditada e o trânsito ficou complicado no local.
Os policiais militares da 31a Companhia fizeram o atendimento dessa ocorrência, pois as duas viaturas da companhia de trânsito estavam empenhadas em outros acidentes.
O tráfego foi controlado, liberando um sentido de cada vez para passagem.
Mesmo assim, a fila foi longa e o tempo de espera para passar pelo trecho do acidente também.
A motorista da pick-up saiu andando e disse aos policiais que estava de cinto de segurança.
Ela reclamava de dores pelo corpo e a equipe do SAMU achou melhor imobilizar a motorista com um colar cervical.
Depois, ela foi colocada numa prancha de madeira, para evitar movimentos bruscos da coluna, e deitada na maca.
A mulher foi levada pelo SAMU para atendimento médico.
A preocupação da equipe era com uma pancada forte que a motorista levou na cabeça.
Mesmo estando com o cinto de segurança, a cabeça dela bateu com violência no vidro traseiro.
Quando chegamos ao local, a marca da cabeçada estava evidente no vidro, que ficou arredondado e estilhaçado no ponto do impacto. A mulher seria levada para exames e avaliação.
O motociclista morreu no local.
Ele seguia no sentido bairro Grama - Centro, quando foi atingido pela caminhonete desgovernada no meio da pista.
Testemunhas contaram aos policiais que o rapaz foi arremessado com moto e tudo contra o muro, onde o carro já tinha batido antes.
A violência do impacto deixou o rapaz inconsciente.
José Ricardo da Silva Costa, de 39 anos, era de Rio Novo.
Alguns motociclistas que passavam pelo local reconheceram a vítima e ajudaram a PM a localizar a família para avisar sobre o acidente.
Segundo a médica do SAMU, Isabel Venâncio, o motociclista tinha indícios de fratura na coluna.
A causa da morte só poderia ser confirmada no IML.
Mas, a violência do impacto do José Ricardo contra o muro é um indício forte de que a hipótese levantada pela médica seja a correta.
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