A imagem da semana em Juiz de Fora foi a de uma mulher idosa furtando
Ela não se intimidou com a loja cheia, nem ligou para a presença de quase quarenta funcionários e muito menos se importou com o sistema de segurança da loja.
Tranquilamente, ela passeou entre as prateleiras até encontrar uma vítima.
A vovó abriu a bolsa e retirou algo, se afastou um pouco, mas parece que não gostou.
Pois, logo jogou fora e voltou.
Parou próximo à vitima e novamente retirou alguma coisa de dentro da bolsa.
Dessa vez, algo interessante, um celular.
Mesmo tendo mais de sessenta anos, foi mais rápida que a segurança da papelaria.
Talvez, se ela tivesse roubado algo da loja, eles teriam sido mais rápidos.
Mas, pelo menos conseguiram avisar à vitima que ela tinha sido roubada, dando conta do prejuízo.
Fui aguçado pela curiosidade de descobrir quem era essa Vovó “esperta”.
Eis que um amigo, da 3ª CME, deu a primeira pista.
“A mulher mora na Zona Norte de Juiz de Fora.”
Mas, era muito pouco, a região é muito grande.
Com alguns membros de uma igreja evangélica, ele conseguiu a informação do bairro em que a idosa mora.
No dia seguinte, não conseguia contato com meu amigo.
O problema: o celular com minha agenda pifou e cadê o número?
Depois de ligar para todos os números da CME e não conseguir o contato com meu amigo, liguei para o Fabiano, que considero como um irmão, e em poucos minutos ele me retornou com o número.
Contato feito, a idéia era chegar junto com a polícia na casa da senhora.
Mas, o plano furou.
Aí, conseguimos o nome da rua e a cor da casa.
Já estava melhorando.
Hoje, pela manhã, me dirigi ao bairro para confirmar os dados e ver se conseguia gravar alguma coisa.
A casa estava toda fechada, inclusive as cortinas.
Conversei com alguns vizinhos e eles me confirmaram o nome da senhora.
Depois de uns vinte minutos, uma mulher saiu da casa e ficou conversando com a vizinha.
Como estava com o meu carro, me aproximei mais da casa para ver se realmente não era a idosa.
Por fim, decidi ir embora.
Isso porque os moradores já tinham me falado que W. estava sumida esses dias.
Voltei pra TV e mostrei o material para a Elisângela, nossa editora.
Conversamos e chegamos à conclusão de que era melhor fazer uma tentativa por telefone.
A Flávia Crizanto, que substitui a Michele na rua durante a licença maternidade, ficou com a responsabilidade da ligação.
Com o endereço foi fácil descobrir o número do telefone.
Depois de algumas tentativas, uma mulher atendeu e quando a Flávia perguntou se a W. estava em casa, ela desconversou e disse que não havia ninguém com esse nome naquela casa.
A Flávia então se identificou e disse que W. tinha sido reconhecida e que o endereço era aquele.
Nesse momento, a mulher, sempre muito educada, disse que é nora de W, que os filhos tinham internado a mãe e que a idosa estaria com distúrbios.
A Flávia perguntou onde W. estaria internada, mas a nora não quis dizer.
Quando perguntada pelo produto do roubo, ela disse que a sogra teria jogado fora, por não estar num juízo perfeito.
Ela pegou telefones de contato da TV e ficou de ligar depois de conversar com o marido e os cunhados.
Esse caso reforça o que eu e a Michele destacamos sempre aqui no blog: a necessidade de conquistar boas fontes.
Se você tem a confiança de uma pessoa, ela vai passar tudo o que descobrir de interessante.
E essa parceria não é formada de uma hora para outra, tem que ser cultivada e valorizada.
Um comentário:
Idosa do Celular supostamente com Distúrbios
Isso está cheio de ? ?
se ela tem problemas de saúde deveria ter sido internada antes
família não ia conseguir vaga rápido
ninguém procurou ajuda antes achando que eles davam conta de cuidar dela
ninguém pensou que poderia roubar sumir
se ajuda foi pedida do jeito que anda a saúde em JF o poder público pode ter negado
@edsonblc
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