Por Michele Pacheco
Um motorista passava por uma estrada de terra que liga Juiz de Fora a Chácara e notou um homem caído no mato, na margem da rodovia, com ferimentos e sinais de violência.
Ele chamou a Polícia Militar.
Duas equipes foram ao local e encontraram o homem morto.
Ele tinha um ferimento grande na cabeça, um dos olhos muito inchado e arranhões profundos pelo peito, pelos braços e pelas pernas.
Perto do corpo, no meio da estrada havia manchas de sangue perto de uma pedra pontuda.
Entre a pedra e o mato onde a vítima estava, havia um rastro como se ela tivesse sido arrastada.
Um detalhe que chamou a atenção foi uma marica, um cachimbo improvisado para fumar crack, e uma caixa de fósforos destruída.
Ambos estavam ao lado da pedra suja de sangue no meio da estrada.
A Polícia Militar levantou a suspeita de que o morto fosse dependente da droga ou que o material tenha sido plantado no local para dar essa impressão.
Os peritos da Polícia Civil foram à estrada e constataram que o homem estava morto havia pelo menos 12 horas.
A primeira impressão era de assassinato, mas os ferimentos e os arranhões levantaram outra suspeita, a de que a vítima tenha sido atropelada em outro lugar e arrastada até aquele ponto da estrada de terra, a 12km de Chácara.
O homem estava com uma camisa amarela, uma bermuda branca estampada e um pé de tênis.
O outro não foi encontrado, o que reforçou a idéia de que ele morreu em outro local.
Pelo documento encontrado no bolso da bermuda, a identificação é de Joelson Jaime Laureano, que completou 49 anos na última sexta-feira.
Na estrada, diante do estado debilitado do corpo, muito magro, com o rosto encovado, ninguém reconheceu quem era aquele homem.
Só no início da tarde, o Robson me ligou para dizer que era um radialista conhecido na cidade.
Ele atuava com o apelido de Joe e era visto com frequência em eventos.
Segundo amigos próximos, vinha sofrendo de depressão, saiu de férias e estava desaparecido.
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