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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

terça-feira, 9 de outubro de 2012

Acidente com saque na Br040

Por Michele Pacheco

Um acidente entre uma carreta e um caminhão deixou a BR 040 em meia pista nos dois sentidos.
A batida foi em Juiz de Fora.
Segundo funcionários da Concer, Concessionária responsável pelo trecho privatizado, o motorista da carreta perdeu o controle da direção numa curva.

Ele não conseguiu impedir que a carroceria tombasse por cima da mureta e caísse na pista contrária, no sentido Juiz de Fora-Rio de Janeiro.
O motorista de um caminhão baú que vinha nesse sentido não conseguiu desviar a tempo e bateu na carreta, perdendo o controle da direção e indo tombar no acostamento.

Com a batida, a carga de 90 mil rolos de papel higiênico se espalhou pela estrada.
O motorista do caminhão ficou ferido e foi levado para o hospital.
Assim que viram o carregamento espalhado, os saqueadores entraram em ação.
Eles não perdoaram nem um rolo sequer.

Aproveitamos os flagrantes e fomos ouvir essas pessoas que não se importaram de parar o trânsito já complicado para furtar o que estava na pista.
Todos foram unânimes ao afirmar que estavam pegando porque todo mundo pega.
Não é demais?
Eles justificam o crime dizendo que outros praticam.

E não era só gente humilde, como esse homem com o carrinho de madeira.
Havia também donos de carros de marca.
Um Honda Civic estava com o porta malas abarrotado e o motorista parecia se divertir no meio do tumulto.

A Polícia Rodoviária Federal estava com sobrecarga de atendimentos e demorou a chegar.
O pessoal da Concer se desdobrou para controlar os furtos, mas era muita gente.
Assim que os policiais chegaram, muita gente desistiu do risco de ser preso.
Para quem não sabe, saque é furto e pode terminar em cadeia.


segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Eleições 2012 - Festa do eleitor e trabalho dobrado para a imprensa


Por Michele Pacheco

Eu odeio trabalhar em época de eleição.
Para começar, vem a censura velada de certos candidatos que ficam ligando para chefias das emissoras e fazendo pressão para pegar leve com assuntos que sempre foram tratados como prestação de serviços à comunidade.
Eles gentilmente lembram que qualquer deslize pode render uma multa e tanto.

Durante o ano todo, matérias de problemas de bairro são consideradas importantes.
Mas, nessa época, a gente fica de mãos atadas, com ameaças de processos por denegrir a imagem da cidade, etc.
Agora que a eleição está na reta final, fico feliz por ver que esse tipo de pressão e censura à imprensa foi derrotado pelas mídias digitais e pelos eleitores.

A imprensa oficial pode até mudar o tom e evitar reportagens que possam atingir um candidato ou outro.
Mas, nas redes sociais, o trabalho foi rigoroso.
Junto com centenas de propagandas de candidatos, fomos bombardeados no Facebook e em outros meios com a contra propaganda, fotos e relatos que desmentiam os anúncios ricamente pagos no horário eleitoral.

Hoje, cobrindo a votação em Juiz de Fora e acompanhando a de outras cidades, vimos que a era da censura está agonizante.
Quem votou nisso durante a campanha, amargou resultados ruins.
O eleitor teve à disposição outros meios para conferir se o que estava sendo anunciado era verdade e deu resposta nas urnas.

Eu, o Robson e o Mário, auxiliar técnico, começamos a trabalhar cedo, cobrindo o início da votação e o voto de 4 dos seis candidatos.
Foi um exercício e tanto, quase uma maratona, já que eles votaram todos pela manhã.
Oito e meia foi a Victória Mello, do PSTU, no colégio Academia, no centro.

De lá, corremos para o bairro Alto dos Passos, onde às nove e meia votou o Bruno Siqueira, do PMDB.
Ele chegou com a mulher, amigos e o candidato a vice, Sérgio Rodrigues.
Os dois distribuíram cumprimentos e mostraram segurança quanto a ida para o segundo turno.

No mesmo horário, a Juliana Zoet estava nos Grupos Centrais acompanhando o voto do Laerte Braga.
Ele também chegou acompanhado da mulher e de assessores.
O voto foi rápido, como o de todos os candidatos.

Às dez horas, outra coincidência de candidatos votando.
Nós ficamos com Custódio Mattos, do PSDB.
Ele chegou à Igreja do bairro Bom Pastor acompanhado da família e foi à urna com os netos, mantendo a tradição.

Enquanto isso, a Juliana e o Ângelo Nemésio registravam a Margarida Salomão, do PT, sendo recebida por um batalhão de jornalistas no Colégio Machado Sobrinho, no centro.
Líder das pesquisas durante toda a campanha do primeiro turno, ela estava cercada de eleitores e correligionários.

Para encerrar a nossa maratona, tomamos um chá de cadeira do Marcos Paschoalin, do PRP, que anunciou para toda a imprensa que votaria às 11h na Igreja de São Mateus.
Fomos para o local e descobrimos que não havia por lá o número da seção onde o candidato teria que votar.

Esperamos na sombra até a confusão ser resolvida.
O local onde ele tinha que votar era na escola Fernando Lobo e não na igreja.
Fomos à pé até o colégio e esperamos mais meia hora.
Por fim, ele chegou e votou rápido.

Valeu o encontro com os colegas e o papo divertido no meio da correria.
Depois de uma passada na Polícia Federal para ver a situação do pessoal preso por boca de urna, voltamos à TV para entregar a matéria e os flashes e encerramos nosso expediente.
Acompanhamos de casa o resultado, que colocou no segundo turno Bruno Siqueira e Margarida Salomão.

sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Polícia Civil estoura laboratório de refino de drogas


Por Michele Pacheco

A equipe da 6ª delegacia recebeu uma denúncia de que num sítio no bairro Floresta funcionava um laboratório para refino de crack e cocaína.
Depois de 45 dias de investigação, os policiais só esperavam a hora certa de agir.
E ela chegou rápido.

Ontem eles foram informados de que o movimento tinha aumentado e um carregamento de pasta base tinha sido entregue.
Por volta de dez da noite, os investigadores e o delegado Carlos Eduardo Rodrigues foram para o local suspeito.

O deslocamento teve que ser cuidadoso, porque o perigo podia se esconder em qualquer parte da área pouco movimentada.
E no escuro, seria difícil enxergar algum vigia armado perto do laboratório.
Com cautela, os policiais civis cercaram a casa e agiram rápido.

Dois suspeitos foram presos e um conseguiu escapar.
Dentro da casa, havia poucos móveis, muita sujeira e vários indícios do refino de drogas.
A Polícia Civil apreendeu 2500 pedras de crack, 300 prontas para a venda, além de meio quilo de maconha que já estava sendo embalada.

Foram apreendidos também 150g de cocaína sem embalar e 200 papelotes prontos para abastecer os pontos de venda de vários bairros da região sudeste de Juiz de Fora.
Os investigadores recolheram ainda um quilo de material para embalagem de drogas, 2 vidros de produtos químicos usados no refino e várias cartelas de anestésicos e calmantes que eram esfarelados e misturados à cocaína.

Os presos tinham na casa 3 munições calibre 38 e dois celulares.
Os dois já tinham histórico de prisões e crimes.
Um deles, de 45 anos, estava com um mandado de prisão em aberto e era considerado foragido da justiça.
Ele foi condenado a 10 anos de prisão por matar a própria mulher a pauladas.
Os suspeitos tiveram a prisão confirmada e foram para o Ceresp.