Por Michele Pacheco
Eu odeio trabalhar em época de eleição.
Para começar, vem a censura velada de certos candidatos que
ficam ligando para chefias das emissoras e fazendo pressão para pegar leve com
assuntos que sempre foram tratados como prestação de serviços à comunidade.
Eles gentilmente lembram que qualquer deslize pode render
uma multa e tanto.
Mas, nessa época, a gente fica de mãos atadas, com ameaças
de processos por denegrir a imagem da cidade, etc.
Agora que a eleição está na reta final, fico feliz por ver
que esse tipo de pressão e censura à imprensa foi derrotado pelas mídias
digitais e pelos eleitores.
A imprensa oficial pode até mudar o tom e evitar reportagens
que possam atingir um candidato ou outro.
Junto com centenas de propagandas de candidatos, fomos
bombardeados no Facebook e em outros meios com a contra propaganda, fotos e
relatos que desmentiam os anúncios ricamente pagos no horário eleitoral.
Hoje, cobrindo a votação em Juiz de Fora e acompanhando a de outras cidades, vimos que
a era da censura está agonizante.
Quem votou nisso durante a campanha, amargou resultados ruins.
O eleitor teve à disposição outros meios para conferir se o
que estava sendo anunciado era verdade e deu resposta nas urnas.
Eu, o Robson e o Mário, auxiliar técnico, começamos a trabalhar
cedo, cobrindo o início da votação e o voto de 4 dos seis candidatos.
Foi um exercício e tanto, quase uma maratona, já que eles
votaram todos pela manhã.
Oito e meia foi a Victória Mello, do PSTU, no colégio
Academia, no centro.
Ele chegou com a mulher, amigos e o candidato a vice, Sérgio
Rodrigues.
Os dois distribuíram cumprimentos e mostraram segurança
quanto a ida para o segundo turno.
Ele também chegou acompanhado da mulher e de assessores.
O voto foi rápido, como o de todos os candidatos.
Nós ficamos com Custódio Mattos, do PSDB.
Ele chegou à Igreja do bairro Bom Pastor acompanhado da
família e foi à urna com os netos, mantendo a tradição.
Enquanto isso, a Juliana e o Ângelo Nemésio registravam a
Margarida Salomão, do PT, sendo recebida por um batalhão de jornalistas no
Colégio Machado Sobrinho, no centro.
Líder das pesquisas durante toda a campanha do primeiro
turno, ela estava cercada de eleitores e correligionários.
Para encerrar a nossa maratona, tomamos um chá de cadeira do
Marcos Paschoalin, do PRP, que anunciou para toda a imprensa que votaria às 11h
na Igreja de São Mateus.
Fomos para o local e descobrimos que não havia por lá o
número da seção onde o candidato teria que votar.
O local onde ele tinha que votar era na escola Fernando Lobo
e não na igreja.
Fomos à pé até o colégio e esperamos mais meia hora.
Por fim, ele chegou e votou rápido.
Depois de uma passada na Polícia Federal para ver a situação
do pessoal preso por boca de urna, voltamos à TV para entregar a matéria e os
flashes e encerramos nosso expediente.
Acompanhamos de casa o resultado, que colocou no segundo
turno Bruno Siqueira e Margarida Salomão.
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