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Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 8 de outubro de 2012

Eleições 2012 - Festa do eleitor e trabalho dobrado para a imprensa


Por Michele Pacheco

Eu odeio trabalhar em época de eleição.
Para começar, vem a censura velada de certos candidatos que ficam ligando para chefias das emissoras e fazendo pressão para pegar leve com assuntos que sempre foram tratados como prestação de serviços à comunidade.
Eles gentilmente lembram que qualquer deslize pode render uma multa e tanto.

Durante o ano todo, matérias de problemas de bairro são consideradas importantes.
Mas, nessa época, a gente fica de mãos atadas, com ameaças de processos por denegrir a imagem da cidade, etc.
Agora que a eleição está na reta final, fico feliz por ver que esse tipo de pressão e censura à imprensa foi derrotado pelas mídias digitais e pelos eleitores.

A imprensa oficial pode até mudar o tom e evitar reportagens que possam atingir um candidato ou outro.
Mas, nas redes sociais, o trabalho foi rigoroso.
Junto com centenas de propagandas de candidatos, fomos bombardeados no Facebook e em outros meios com a contra propaganda, fotos e relatos que desmentiam os anúncios ricamente pagos no horário eleitoral.

Hoje, cobrindo a votação em Juiz de Fora e acompanhando a de outras cidades, vimos que a era da censura está agonizante.
Quem votou nisso durante a campanha, amargou resultados ruins.
O eleitor teve à disposição outros meios para conferir se o que estava sendo anunciado era verdade e deu resposta nas urnas.

Eu, o Robson e o Mário, auxiliar técnico, começamos a trabalhar cedo, cobrindo o início da votação e o voto de 4 dos seis candidatos.
Foi um exercício e tanto, quase uma maratona, já que eles votaram todos pela manhã.
Oito e meia foi a Victória Mello, do PSTU, no colégio Academia, no centro.

De lá, corremos para o bairro Alto dos Passos, onde às nove e meia votou o Bruno Siqueira, do PMDB.
Ele chegou com a mulher, amigos e o candidato a vice, Sérgio Rodrigues.
Os dois distribuíram cumprimentos e mostraram segurança quanto a ida para o segundo turno.

No mesmo horário, a Juliana Zoet estava nos Grupos Centrais acompanhando o voto do Laerte Braga.
Ele também chegou acompanhado da mulher e de assessores.
O voto foi rápido, como o de todos os candidatos.

Às dez horas, outra coincidência de candidatos votando.
Nós ficamos com Custódio Mattos, do PSDB.
Ele chegou à Igreja do bairro Bom Pastor acompanhado da família e foi à urna com os netos, mantendo a tradição.

Enquanto isso, a Juliana e o Ângelo Nemésio registravam a Margarida Salomão, do PT, sendo recebida por um batalhão de jornalistas no Colégio Machado Sobrinho, no centro.
Líder das pesquisas durante toda a campanha do primeiro turno, ela estava cercada de eleitores e correligionários.

Para encerrar a nossa maratona, tomamos um chá de cadeira do Marcos Paschoalin, do PRP, que anunciou para toda a imprensa que votaria às 11h na Igreja de São Mateus.
Fomos para o local e descobrimos que não havia por lá o número da seção onde o candidato teria que votar.

Esperamos na sombra até a confusão ser resolvida.
O local onde ele tinha que votar era na escola Fernando Lobo e não na igreja.
Fomos à pé até o colégio e esperamos mais meia hora.
Por fim, ele chegou e votou rápido.

Valeu o encontro com os colegas e o papo divertido no meio da correria.
Depois de uma passada na Polícia Federal para ver a situação do pessoal preso por boca de urna, voltamos à TV para entregar a matéria e os flashes e encerramos nosso expediente.
Acompanhamos de casa o resultado, que colocou no segundo turno Bruno Siqueira e Margarida Salomão.

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