Quem somos

Minha foto
JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

segunda-feira, 28 de julho de 2008

Tupi e o técnico de 90 minutos

Por Robson Rocha

Uma semana, no mínimo, estranha no futebol de Juiz de Fora.
O Tupi teve três técnicos nesse período.
Até quinta-feira, quem mandava no time carijó era o simpático Toninho Moura.
Mas, como simpatia não ganha jogo e o time do Tupi ficou sozinho na lanterna na chave do campeonato da série C...
A direção do clube, que não estava feliz, demitiu o técnico.

Nomes para assumir, com certeza há vários, mas nenhum quis segurar o pepino.
Então, sobrou para o simpaticíssimo Evaldo.
Na sexta-feira, ele treinou o time.
Treinar é exagero.
Ele tentou organizar a casa pois o barraco estava meio derrubado.

Antes do treino, ele se reuniu com o time lá no fundo do campo de Santa Terezinha e bateu um papo com o grupo.
Tudo bem que o próximo jogo não ia mudar em nada a situação do Tupi, eliminado da segunda fase da série C do campeonato brasileiro.
Mas, jogando em casa, no mínimo o time não podia dar vexame.

Enquanto isso, a imprensa se reunia na beira do gramado.
No papo dos jornalistas, acho que rolava todos os assuntos, menos futebol.
Isso, pois todo mundo sabia que estava ali para encher lingüiça.
Ou seja, não havia nenhuma informação nova.

Apenas que os técnicos sondados, de leve, tiraram o corpo fora de assumir o carijó.
No domingo, fomos para o estádio.
A coisa estava tão feia que nem o pipoqueiro apareceu por lá.
E isso é uma coisa inédita, pois o que nunca faltou no estádio municipal de Juiz de Fora foi pipoca!
Outra coisa que chamou a atenção é que não havia nenhum bicão na área de imprensa.
Porém, o mais impressionante foi a visão do estádio.
Sem ninguém!

Aos poucos chegaram os “inúmeros” torcedores, 137.
O Tupi entra em campo e cadê o Evaldo?
Ele caiu do cargo antes do jogo.
Entra em campo, quer dizer, vai para o banco para dirigir o time:
Augusto Clemente Neto.
O mais que simpaticíssimo Clemente conseguiu levar o Tupi a uma vitória, mas mesmo assim só durou 90 minutos no cargo.
Na coletiva depois do jogo, já não era mais o técnico do Tupi.
Esse, pelo menos, se despediu com vitória em campo!

Só pra terminar, espero que a torcida participe na próxima partida, pois é horrível trabalhar com o estádio vazio, você entende tudo que todo mundo fala. Vou explicar melhor. Antes do jogo fiquei sabendo de todos os problemas de família de um vendedor que estava logo abaixo da cabine. Descobri que a mulher sentada no terceiro degrau estava aliviada porque o filho tinha saído do hospital na semana anterior. Ouvi uma discussão de um casal cinco filas abaixo das cabines. E por aí vai...
Eu conseguia ouvir os dois locutores que estavam no estádio. E sem ter um radinho por perto!!!
Outra coisa, podiam ter desligado o sistema de som, pois dava para ouvir o Baleia, o Fernando Luiz (o repórter feliz) de qualquer parte do estádio. A voz dele é tão potente que a caixa de som era desnecessária naquele vazio demográfico!
E o que mais me incomodou: quando o jogador marcava um gol, ele não tinha opção.
Pra dar volume, ele tinha que comemorar com o banco, pois se fosse para a torcida ele ia gritar sozinho.

Falando sério, torcemos para que o Tupi se dê bem na Taça Minas e que a torcida compareça, porque a galera da imprensa vai estar lá. É lógico que sempre vai haver um ou outro jornalista caçando defeitos, mas é muito melhor cobrir jogos do Tupi quando o time está bem na tabela.
Que venha a Taça Minas e que o técnico consiga esquentar a cadeira!

Nenhum comentário: