Por Robson Rocha
Nesta quarta-feira, nossa primeira pauta era sobre a falta de leite no Banco de Leite Humano da Amac. Porém, quando iamos para o local, recebemos a informaçào de um acidente na antiga BR-040, entre Juiz de Fora e Matias Barbosa.
A estrada é conhecida como União Indústria e a batida aconteceu próximo à pedreira Santa Mônica.
Paramos o carro e vimos um homem caido ao chão e logo os bombeiros chegaram.
Um morador orientava o trânsito.
Desci rapidamente e comecei a gravar.
A Michele veio com o microfone e o receptor.
Mas, quando ela começou a gravar o plano a bateria do receptor acabou.
Enquanto ela foi buscar a bateria no carro, continuei a registrar o atendimento dos bombeiros ao motociclista.
Os bombeiros imobilizaram a vitima e colocaram na maca.
O rapaz é funcionário do Demlurb, Departamento de Limpeza Urbana de Juiz de Fora e reclamava de dores.
Mas, segundo os bombeiros ele teve apenas escoriações leves.
A Michele voltou e gravamos o encerramento da matéria enquanto os bombeiros levavam a vitima para a viatura de resgate.
Com as imagens garantidas, procuramos testemunhas, mas não havia nenhuma no local, pois todas as pessoas tinham chegado após o acidente.
Aí, fomos gravar com o motorista do carro envolvido no acidente.
Um senhor de 82 anos. Segundo o aposentado, ele parou às margens da estrada olhou e vinha um caminhão, mas estava distante.
Quando ele começou a atravessar a pista, a moto surgiu ultrapassando o caminhão e bateu na lateral do carro.
Terminamos a matéria e fomos para o banco de leite.
Lá, registramos que as salas de coleta estão vazias.
Segundo a coordenadora, Sônia Martha Sanches, a média é de 60 doadoras mensais, mas com as férias e a gripe suína as doações diminuiram muito e apenas pouco mais de trinta mães estão doando leite humano.
O Banco de Leite da Amac atende várias cidades da região.
São mais de cinqüenta crianças que recebem esse leite.
São crianças prematuras e hospitalizadas.
Hoje das sete geladeiras onde o leite é estocado, seis estão vazias.
Isso, porque o estoque conta com apenas 60 litros enquanto o ideal é que o estoque tenha 300 litros.
Falando em Amac, a gravação seguinte foi com o ex-prefeito Tarcísio Delgado.
Foi na década de 1980, na administração dele que a Amac foi criada.
E, com toda a polêmica em torno do assunto, ele ainda não tinha sido ouvido pelos promotores.
Aliás, nem no processo movido pelo Ministério Público de Belo Horizonte, ele foi ouvido.
Como sempre, Tarcísio recebeu com estrema simpatia.
Ele explicou como foi o surgimento a Amac e disse que ela é fundamental para Juiz de Fora.
São muitos projetos sociais.
Ele deu o exemplo das 23 creches municipais. Segundo o ex-prefeito, não existia nenhuma creche em Juiz de Fora e foi a partir do seu governo nos anos 80 que elas foram criadas.
Ele disse que não assinaria o TAC se fosse prefeito hoje.
Isso, porque não existe lei que proiba a existência da Amac.
Ainda segundo Tarcísio Delgado, os promotores de BH não enxergam o lado social e sim, só a frieza da lei.
Ele afirmou ainda, que existe um limite para o poder dos promotores.
Disse que eles não são donos da verdade e que não podem determinar como um prefeito deve administrar o município.
Do escritório do Tarcísio fomos para o bairro Nossa Senhora Aparecida gravar com uma mãe que depende de uma creche da Amac.
Otilia Gracielle tem três filhos, duas meninas estudam em escola estadual e o menino fica na creche.
Ela está desempregada e afirmou que sem a creche não consegue nem procurar emprego, por não ter com quem deixa-lo.
Voltamos rapidamente para a TV onde o tema da entrevista ao vivo seria a situação da Amac.
O entrevistado foi Victor Valverde, Secretário de Administração.
Ele entraria em dois blocos do Jornal da Alterosa -Edição Regional.
Primeiro ele foi ouvido depois da exibição da entrevista do ex-prefeito Tarcísio Delgado e depois após as entrevistas exclusivas gravadas com os promotores de Belo Horizonte.
Nas entrevistas os três promotores públicos de Belo Horizonte explicaram o que deve acontecer com a Amac.
Explicaram os detalhes do TAC, Termo de Ajustamento de Conduta e o que pode acontecer com o município caso o prefeito não assine o documento nesta quinta-feira em Belo Horizonte.
Falaram também do prazo de um ano para adequação, caso o termo seja assinado.
Um dos promotores foi irônico ao dizer que é preciso acabar com o "Trem da Alegria das contratações sem concurso" na Amac.
No final da entrevista os meninos do Sircom foram rápidos e aproveitaram para conversar com o Secretário de Administraçào sobre o assunto polêmico.
Enquanto eles entravam em ação, a Michele aproveitou para tirar uma foto com o ex-professor dela na faculdade, o Renato Dias, hoje assessor do Victor Valverde.
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