O caos começou no início da tarde.
Alguns motoristas passavam pela Avenida Rio Branco, a mais central e uma das mais movimentadas de Juiz de Fora, quando notaram a água subindo rápido e invadindo as pistas.O Mergulhão (uma passagem por baixo da linha férrea, conhecida em muitas cidades como trincheira) ficou inundado e o trânsito teve que ser desviado.
O Mergulhão fica num trecho importante para quem segue da área central para vários bairros das zonas leste e norte.
Como ele é muito antigo e as bombas de drenagem não funcionam tão bem quanto no passado, a água custa para baixar.
E ela chegou a um metro de altura.Com a passagem interditada, policiais militares e agentes de trânsito se desdobraram para orientar os motoristas confusos e apontar as melhores rotas alternativas.
Os apitos foram ouvidos durante toda a tarde.A cena mais comum era de filas longas de veículos e condutores que tentavam entender o que estava causando aquele pandemônio.
A tubulação rompeu no bairro Mariano Procópio.
A força da água levantou o asfalto e formou um chafariz de lama e pedras bem no meio da avenida.A enxurrada arrastou o entulho e deixou estragos por toda parte.
Várias lojas e casas ficaram alagadas e o pessoal passou a tarde limpando.Quem estava por perto aproveitou o celular para registrar as imagens surpreendentes.
Quando a água baixou um pouco, deu para se ter uma noção do tamanho da cratera aberta com o vazamento.
Segundo funcionários da Cesama, empresa ligada à prefeitura e responsável pelo esgoto e pelo abastecimento de água em Juiz de Fora, a adutora que rompeu é antiga.Ela abastece a área central e a zona sul.
Mas, com o rompimento, toda a rede foi fechada para agilizar os reparos.Apenas os bairros da zona norte, que recebem água de outra adutora, escaparam do fechamento.
A orientação é para que os moradores economizem água ao máximo, já que não há previsão para normalizar o abastecimento.Péssima notícia na véspera de um feriado.
Como se não bastasse estar na rua sem saber se conseguiria tomar um banho quando chegasse em casa, muitas pessoas seguiam de um lado para o outro, sem saber onde os ônibus estavam parando.As linhas foram desviadas do curso normal e nem os próprios funcionários das empresas conseguiam informar sobre todas as rotas.
As equipes da Cesama limparam a avenida e se prepararam para virar a noite e a madrugada no local, agilizando o reparo.Até às sete da noite as bombas ainda não tinham conseguido puxar toda a água acumulada na cratera.
Enquanto o local não ficasse desobstruído, não seria possível avaliar a causa do rompimento e a providência necessária para corrigir o problema.
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