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JUIZ DE FORA, MINAS GERAIS, Brazil
Esperamos com este Blog dividir um pouco das inúmeras histórias que acumulamos na nossa profissão. São relatos engraçados, tristes, surpreendentes...

quarta-feira, 25 de abril de 2012

Crime da rua Itagiba - o assassinato mais macabro da história de Muriaé

Por Michele Pacheco

A população e as autoridades de Muriaé estão chocadas com a violência cometida numa casa discreta da rua Itagiba de Oliveira, no bairro da Barra.
Um jovem de 18 anos foi encontrado espancado, morto e estripado no quarto dele.
As fotos cedidas à imprensa pela Polícia Civil são inacreditáveis.
Difícil imaginar que um ser humano seja capaz de tamanha crueldade.

Por todo lado havia marcas de sangue na casa.
Pegadas e marcas de mãos nas paredes são do estripador, segundo os policiais, e podem ajudar a confirmar a identidade do assassino.
Um jovem de 18 anos foi preso e se recusou a fornecer as impressões digitais para comparar com os vestígios encontrados no local do crime.
Ele é o principal suspeito da Polícia Civil.

Os policiais apuraram que a vítima teve um caso
com o suspeito, que não queria que o namorado atual ficasse sabendo.
O delegado responsável pela investigação acredita que a motivação do crime mais bárbaro da história de Muriaé foi passional.
Ele defende essa versão, mesmo diante de fatos inusitados encontrados durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão.

Na casa do suspeito, foram encontrados recortes, anotações e cartas que mostram que ele era, no mínimo, um estudioso de Satanismo.
Várias referências são feitas a Lilith, mulher de Satã (segundo pesquisa feita na internet).
O nome dela aparece num desenho que para os policiais descreve a cena do assassinato.
Nele aparecem uma garrafa (a vítima foi agredida primeiro com uma garrafa), cachimbo e seringa (referências ao consumo de droga feito pelo suspeito), testículos e outros órgãos espalhados pelo desenho e referências homossexuais.

Segundo as investigações, a vítima foi agredida primeiro na cama, com uma garrafa, foi morta e depois estripada no chão do quarto.
Os órgãos foram arrancados e pendurados pelos cômodos.
Rosto e mãos estão com ferimentos profundos e um olho foi dissecado.

Tamanha barbaridade só pode ter sido praticada por alguém que odiava muito o Jonathan Fonseca do Nascimento.
Os vizinhos contaram que ele era um rapaz tranquilo, mal era visto pela rua.
Uma testemunha de 17 anos pode ser a chave que vai trancar de vez o suspeito na cadeia.
Ela contou que foi com ele até a casa e, vendo a agressão com a garrafa, deixou o local com medo.
Como disse o delegado, ela praticamente presenciou o crime.

segunda-feira, 23 de abril de 2012

Mistério na morte do radialista Joelson Jaime em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Um motorista passava por uma estrada de terra que liga Juiz de Fora a Chácara e notou um homem caído no mato, na margem da rodovia, com ferimentos e sinais de violência.
Ele chamou a Polícia Militar.
Duas equipes foram ao local e encontraram o homem morto.

Ele tinha um ferimento grande na cabeça, um dos olhos muito inchado e arranhões profundos pelo peito, pelos braços e pelas pernas.
Perto do corpo, no meio da estrada havia manchas de sangue perto de uma pedra pontuda.
Entre a pedra e o mato onde a vítima estava, havia um rastro como se ela tivesse sido arrastada.

Um detalhe que chamou a atenção foi uma marica, um cachimbo improvisado para fumar crack, e uma caixa de fósforos destruída.
Ambos estavam ao lado da pedra suja de sangue no meio da estrada.
A Polícia Militar levantou a suspeita de que o morto fosse dependente da droga ou que o material tenha sido plantado no local para dar essa impressão.

Os peritos da Polícia Civil foram à estrada e constataram que o homem estava morto havia pelo menos 12 horas.
A primeira impressão era de assassinato, mas os ferimentos e os arranhões levantaram outra suspeita, a de que a vítima tenha sido atropelada em outro lugar e arrastada até aquele ponto da estrada de terra, a 12km de Chácara.

O homem estava com uma camisa amarela, uma bermuda branca estampada e um pé de tênis.
O outro não foi encontrado, o que reforçou a idéia de que ele morreu em outro local.
Pelo documento encontrado no bolso da bermuda, a identificação é de Joelson Jaime Laureano, que completou 49 anos na última sexta-feira.

Na estrada, diante do estado debilitado do corpo, muito magro, com o rosto encovado, ninguém reconheceu quem era aquele homem.
Só no início da tarde, o Robson me ligou para dizer que era um radialista conhecido na cidade.
Ele atuava com o apelido de Joe e era visto com frequência em eventos.
Segundo amigos próximos, vinha sofrendo de depressão, saiu de férias e estava desaparecido.

quinta-feira, 19 de abril de 2012

Motorista bêbado atropela e mata pai de família em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Um menino de 12 anos debruçado sobre o corpo destroçado do pai, pedindo que ele acordasse.
Essa é uma cena que alguns motoristas, socorristas e policiais jamais vão esquecer.
Ela faz parte da tragédia de uma família que voltava junta para casa e teve o futuro mudado por conta da irresponsabilidade de um motorista bêbado./

O casal desceu do ônibus com o filho de 12 anos e a filha de 4.
Eles cruzaram a BR 040 e seguiam no acostamento da pista contrária, no sentido Belo Horizonte-Rio de Janeiro, a caminho de casa.
Eram nove da noite, quando a vida dessas pessoas mudou de forma violenta./

Segundo testemunhas, um carro desgovernado rodou na estrada e jogou o homem de 40 anos para o alto.
Ele foi arrastado pelo veículo, quebrou os dois braços, as duas pernas e fraturou a cabeça.
Com tanta violência, ele não sobreviveu aos ferimentos e morreu ali mesmo, na frente da família.
Sem acreditar, o menino abraçou o corpo, como se pudesse devolver a vida ao pai./

Esse relato foi passado por um motorista que procurou a TV Alterosa hoje cedo com imagens do acidente e o depoimento do motorista.
Dá muita raiva ver o material.
Com a voz toda enrolada, ele admite que bebeu cerveja, reconhece que depois de beber fica mais difícil ter controle do veículo e que os reflexos são prejudicados./

Ele tenta desmentir, mas acaba confirmando que bebeu sim.
Os policiais rodoviários federais orientam o sujeito a fazer o teste do etilômetro.
Ele sopra com dificuldade e o resultado assusta: 1,04mg.
Pela lei, dirigir com mais de 0,03mg de álcool no sangue é considerado crime. /

Seria cômico se não fosse trágico ver o momento em que ele recebe voz de prisão.
O policial diz que ele está sendo preso por dirigir embriagado e provavelmente por homicídio doloso (em que há intenção de matar).
Ele olha desorientado para o policial e pergunta se ele fez tudo isso.
Não foi à toa que quem parou para ver o acidente bateu tanto no motorista bêbado e irresponsável que tirou a vida de uma pai de família.
Foi difícil impedir o linchamento e ele ficou ferido no rosto e nas mãos.

terça-feira, 17 de abril de 2012

Homofobia e despreparo de um agente de trânsito de Juiz de Fora - II

Por Robson Rocha


Para quem ainda não entendeu a situação da área onde era proibido estacionar, vou ilustrar com imagens.
As placas proibiam o estacionamento dos banheiros químicos em diante.
Onde por sinal, não havia nenhum carro estacionado.

Porém, onde os veículos de imprensa local estavam parados não havia nenhuma sinalização proibindo o estacionamento e onde sempre foi permitido.
Por isso, paramos ali e questionamos a proibição sem aviso prévio nem sinalização.
Tirei frames das imagens para ilustrar.
Isso, sem contar as testemunhas da própria Prefeitura e secretaria de Esportes que estavam no local,  acompanharam o fato e ficaram abismadas.

Como conversamos com o pessoal da Associação dos Agentes de Trânsito de Juiz de Fora, nunca tivemos problemas com agentes de trânsito. Mas, esse agente não está preparado.
O despreparo é tão grande que com o carro parado por tanto tempo, ele errou os números da placa na multa. Quer dizer, alguém que nem estava no estádio teve o carro autuado.
Acredito que ele agrediu verbalmente tentando que eu reagisse para me prender por desacato. Mas, eu não reagi.

domingo, 15 de abril de 2012

Homofobia e despreparo de um agente de trânsito de Juiz de Fora

Por Robson Rocha

Sempre houve em Juiz de Fora áreas onde os carros de imprensa pudessem parar para a gravação de matérias. As administrações municipais cadastravam os carros de reportagem e liberavam a parada em alguns locais.
Na atual administração isso foi banido, os carros de imprensa não tem liberação nenhuma de parada em nenhuma rua.
Não só nas ruas. No HPS, a imprensa é proibida de parar, a gente estaciona na marra e fica de olho.
As equipes de reportagem que fazem gravações na cabine do estádio municipal precisam deixar os carros próximos pela necessidade de equipamentos e agora também não podem.
Entretanto, a relação entre PM's, agentes de trânsito e a gente é tranquila.

Mas, hoje o que aconteceu comigo, bateu todos os recordes e gerou uma situação grave de preconceito.
Um agente de trânsito publicamente foi extremamente preconceituoso e mostrou o despreparo dele para usar aquela farda.
Sou hetero, casado, pai de duas Princesas e com vários parentes e amigos gays. Alguns pelos quais tenho profunda admiração.
Subi, parei o carro e fui levando aos poucos os equipamentos para a cabine quando ouvi apitos.
Desci e era um agente de trânsito mandando tirar todos os carros de imprensa. Quando perguntamos o motivo, ele respondeu grosseiramente que os carros tinham que sair dali.
Peguei minha pequena câmera e comecei a gravar. Assista o vídeo e veja o que ele disse daí pra frente.


sexta-feira, 13 de abril de 2012

PM e Polícia Civil fazem Operação Minotauro e prendem 15 pessoas

Por Michele Pacheco

Policiais militares e civis estão desde a noite dessa quinta-feira colocando em prática o resultado de três meses de investigações.
Durante a Operação Minotauro, eles fecharam uma rua movimentada no bairro São Mateus, zona nobre de Juiz de Fora.
Em dois bares, os investigadores vinham registrando tráfico de drogas.
Ao todo, 15 pessoas foram detidas e 4 delas tiveram o flagrante confirmado, sendo enviadas para o Ceresp.

As fotos de divulgação enviadas pela Polícia Civil mostram os policiais em ação durante a madrugada.
Foram 35 policiais civis, 30 militares e 10 Comissários da Infância e da Juventude que fizeram o trabalho.
Os vídeos registrados durante a investigação mostram o tráfico na calçada e dentro dos bares.
O pessoal agia com a maior tranquilidade e se escondia no banheiro quando algum PM passava em patrulhamento pela rua.

PM apreende armas, drogas e dinheiro em Carangola

Por Mardoqueu Chemp - Click Carangola


A Polícia Militar de Carangola apreendeu, na tarde desta quinta-feira (12), uma espingarda, maconha e crack, além de aparelhos eletrônicos e mais de R$ 2.400 em dinheiro. 
Quatro pessoas foram presas.
O material foi encontrado na casa de dois suspeitos de tráfico de drogas. 
Um deles conseguiu fugir, pulando no rio e o outro foi preso, juntamente com um terceiro rapaz que estava no local e duas mulheres que haviam comprado crack dos traficantes. 

Um menor que também estava na casa foi arrolado como testemunha.
Os militares viram quando as mulheres saíram da casa, em uma moto. 
Elas foram abordadas e, durante busca, feita por uma policial feminina, foram encontradas 6 pedras de crack. 

Na casa, a PM apreendeu uma espingarda calibre 20, munições, 1 bucha de maconha, 3 pedras de crack, além de uma CPU de computador, um notebook, celulares, balança de precisão, materiais para embalo de drogas, e vários documentos pessoais e também de veículos.
Quanto ao dinheiro, foram recolhidos, R$ 2.475 reais, e ainda uma nota de 10 Euros e outra de 5 Kwanzas (moeda oficial da Angola).

quinta-feira, 12 de abril de 2012

Assassinato no bairro Santo Antônio em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Um ajudante de obra de 21 anos foi morto com um tiro na cabeça no início da tarde de hoje, no alto do bairro Santo Antônio.
Ela tirava um cochilo no horário de almoço, tradição nas construções, quando três pessoas se aproximaram.
Uma testemunha contou à Polícia Militar que um deles, o mais jovem, se aproximou com uma arma na mão e atirou na cabeça da vítima, que nem teve como se defender.

Os três sujeitos usaram uma trilha no meio do mato para fugir antes que alguém chamasse a PM.
A estradinha estreita termina numa casa, mas eles desceram por um pasto e correram morro abaixo para ter acesso a uma avenida que passa na parte de baixo.
Os policiais militares da 135a Cia. agiram rápido e identificaram os assassinos como sendo moradores do bairro Santo Antônio.

O que chamou a atenção de uma das testemunhas foi o fato do matador ter chamado a vítima de "Manga, da Vila I".
O jovem realmente tinha o apelido de Manga, mas ele morava no bairro Vila Esperança II, vizinho da Vila Esperança I, mais conhecida como Vila I.
Essa informação leva a PM a suspeitar de uma morte por engano.

Um adolescente de 17 anos foi apreendido e identificado por duas testemunhas.
Ele negou ter participado do crime.
Triste foi ver a reação da mãe do garoto.
Ela chegou do trabalho e encontrou o filho no carro da polícia, apreendido por suspeita de assassinato.
Qualquer mãe sofre só de se imaginar numa situação como esta.

Os outros dois suspeitos têm 19 anos.
O pai de um deles estava arrasado, disse que não conhecia mais o filho, que ele preferia os amigos marginais a conviver com a família e que nunca passou pela humilhação de ser abordado por policiais militares diante de toda a comunidade.
Ele chorou e fiquei com um nó na garganta ao imaginar a decepção que aquele homem estava sentido.

quarta-feira, 11 de abril de 2012

Homem esfaqueia a ex-mulher e se mata a facadas

Por Michele Pacheco

O corpo ensaguentado caído na margem da linha férrea foi encontrado pelos policiais militares.
Eles receberam informações de moradores do bairro Poço Rico, região central de Juiz de Fora, que viram um homem passar correndo com uma faca cheia de sangue nas mãos.
Suspeitando de crime, os pms seguiram o rastro de sangue e encontraram o homem já morto.

Ele se matou com três facadas.
O que a polícia apurou é que o sujeito tentou matar a ex-mulher, dando uma facada no peito dela.
A vítima correu e o agressor também.
A mulher foi socorrida pelo SAMU e levada para o Hospital de Pronto Socorro em estado grave.

Ela foi agredida na rua mais movimentada do bairro, bem em frente a um supermercado.
Abordada de surpresa, não teve como reagir.
Segundo os policiais, o casal tinha problemas e o homem não aceitava a separação.
Triste saber que ele escolheu um caminho violento e covarde para acabar com a própria vida e, talvez, com a da ex-mulher.

Robson Terra morre e deixa saudades

Por Michele Pacheco

Vai ser muito estranho passar pelo Santa Cruz Shopping no período de Natal e não ouvir as risadas alegres das crianças e do Papai Noel mais carismático de Juiz de Fora.
O velhinho e barba branca e roupa vermelha que conquistava adultos e crianças não era o único personagem marcante na vida do ator Robson Terra.

Eu me arrisco a dizer que o melhor papel que ele já interpretou foi o dele mesmo.
Veio ao mundo com uma energia surpreendente, dizendo que foi avisado por uma cigana que veio para abrir portas.
E não perdeu tempo.
Professor dedicado, ator competente, guerreiro na luta pela cultura.

Nunca vou esquecer uma pauta que recebi no dia de Santo Antônio.
Nosso objetivo era levar um ator vestido como o santo até uma comunidade carente para distribuir pães.
Tivemos uma grata surpresa ao descobrir que nosso personagem era o Robson.

O segredo não estava nas roupas e nos acessórios, estava no coração.
Ele acreditava realmente que era possível fazer diferença na vida daquelas pessoas.
Distribuiu pães com uma boa dose de carinho e de humanidade.
Os moradores acostumados à discriminação pareciam não acreditar naquela figura inusitada.
Foi uma das melhores matérias que já fiz.

Saí de lá com o coração leve e cheio de admiração pelo Robson.
Nós nos encontramos em muitas outras ocasiões desde então e a amizade só cresceu.
Onde o ator/professor/jornalista/ativista... colocava o dedo, era sinal de sucesso.
Conseguiu mobilizar nossa classe desunida num grupo no facebook, que está bombando.
No "Sites Interessantes para jornalistas", ele tinha participação assídua e estava presente quando passou mal.

O homem simples, de feitos grandes foi embora.
Mas, deixou muito para trás.
Conseguiu eternizar suas lembranças.
Cada um de nós que teve o privilégio de conviver com o Robson Terra nesse momento de dor e luto está revendo essas preciosidades que o tempo nunca vai apagar.





segunda-feira, 9 de abril de 2012

Defesa Civil vistoria prédio incendiado em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

A Defesa Civil esteve hoje pela manhã no prédio de 4 andares que pegou fogo na última sexta-feira, no centro de Juiz de Fora.
Eles começaram o trabalho pelas lojas que ficam no térreo.
A Casa das Bolsas estava com os produtos expostos intactos, mas perdeu o estoque do terceiro andar.

Já na loja de utilidades e brinquedos, a cena era de destruição total.
O gesso do teto caiu todo.
A fiação derreteu.
As paredes e os produtos estavam pretos de fuligem.

Não sobrou nada do que estava exposto nas prateleiras.
Os donos das duas lojas não autorizaram a entrada da nossa equipe para acompanhar a vistoria.
A Casa das Bolsas pegou fogo há uns dois meses e, segundo vizinhos, já foram três incidentes no mesmo local.
Desta vez, todo o prédio queimou.

As chamas devoraram tudo pela frente durante a madrugada da Sexta-feira Santa.
Moradores vizinhos ouviram um estouro e viram o fogo no terraço do prédio.
Os bombeiros foram chamados e usaram a escada magiros para conter as labaredas na parte da frente e no telhado.

Quando as equipes conseguiram entrar, foram de andar em andar combatendo os focos.
Quando quebraram a janela do terceiro andar, quem estava do lado de fora teve uma noção do perigo que eles enfrentaram.
As chamas estavam muito altas e fora de controle.

O incêndio está sendo investigado pela Polícia Civil, que enviou peritos ao local na sexta-feira.
Quanto à Defesa Civil, o subsecretário disse que os relatórios vão ser avaliados por toda a equipe.
O prédio está interditado para a limpeza.
O terraço não tem como ser reaproveitado e a recomendação é para que seja reconstruído ou desfeito.

sexta-feira, 6 de abril de 2012

Incêndio destrói prédio de 4 andares em Juiz de Fora

Por Michele Pacheco

Sabe quando você está tão concentrada no sono que houve o celular tocar e acha que é parte do sonho?
Foi o que aconteceu comigo hoje, por volta de 3 da manhã.
Ouvi o telefone, mas até cair a ficha e ir até ele, já tinha desligado.
Era uma fonte para passar informações sobre um incêndio.
Como a gente acordou, o Robson acabou sentindo um cheiro de queimado no ar, ligamos para os bombeiros e fomos à ativa.

O endereço é velho conhecido dos bombeiros: Avenida Getúlio Vargas.
O fogo se espalhou pelos quatro andares do prédio comercial.
As equipes de combate a incêndio usaram uma escada magiros e se desdobraram com mangueiras pelos imóveis vizinhos para ter acesso aos focos.

O problema é que nesse tipo de construção mais antiga, não há uma área de separação entre os edifícios e é muito difícil ter acesso à parte dos fundos.
Olhando a fachada, a gente achava que a situação estava sob controle.
Mas, bastou quebrarem uma janela para liberar a fumaça do terceiro andar e vimos que ainda havia chamas altas.

Fomos convidados por uma moradora do prédio que fica bem em frente e notamos do alto como era complicada a situação dos bombeiros.
Pela claridade, dava para notar que o fogo estava se espalhando até os fundos do prédio e se aproximando de uma construção vizinha.
Eles quebraram portas e arrancaram telhas para se posicionar no telhado com as mangueiras e empurrar as labaredas de volta para a área em que as outras frentes trabalhavam.

Como todos os prédios naquela área são comerciais, o material inflamável alimentava o fogo.
Uma loja de brinquedos e utilidades na calçada teve todo o estoque destruído.
Os bombeiros arrombaram a porta e tiraram tudo o que estava queimado, para evitar que fagulhas ainda acesas recomeçassem os focos.
Foi triste ver tanto brinquedo virar cinzas.

Até às 8 da manhã, foram usados cerca de 150 mil litros de água no combate ao incêndio.
Além dos oito carros dos bombeiros, havia apoio de um caminhão tanque da prefeitura.
O trabalho no feriado mobilizou 16 militares do 4o Batalhão de Bombeiros Militar.
É digno de admiração o trabalho deles.
Mesmo com as dificuldades da arquitetura da avenida, não descansaram enquanto havia chances do fogo recomeçar.

Nas imagens cedidas pelo funcionário público, Eduardo Pascoalini, a gente notou que havia fogo alto apenas na cobertura do prédio, sem indícios de chamas nos outros andares.
Aos poucos, a claridade se espalhou por todos os cômodos.
Segundo o tenente Moisés, dos bombeiros, a suspeita é de que a causa do incêndio seja algum problema na rede elétrica.

Essa suspeita é reforçada quando a gente revê as imagens da loja de brinquedos, com tudo queimado.
Segundo os bombeiros, na loja vizinha, a Casa das Bolsas, o estrago foi só no estoque que estava no terceiro andar.
O detalhe curioso é que esta loja estava fechada para reformas a cerca de dois meses, depois que um incêndio destruiu tudo.

Quando disse lá no início do texto que o endereço é velho conhecido dos bombeiros, eu me referia a esse incêndio recente na Casa das Bolsas e à tragédia de outubro do ano passado.
O fogo começou numa loja de materiais para festa e se espalhou por sete edificações vizinhas.
Uma delas era um prédio onde funcionava uma loja de borrachas.
O estoque inflamável queimou por mais de uma semana, exigindo atenção constante dos bombeiros, que se revezaram resfriando o local até que todos os focos acabassem.